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Os grandes desafios econômicos de 2024

Muitas pesquisas já indicam que o salário mínimo ideal no Brasil teria que ser na casa dos 5 mil reais. Porém, o reajuste de 1.320 reais para 1.412, mostra a grande virtude da política do PT, de ajudar a classe trabalhadora a garantir um poder de compra mais acessível.

Além do novo mínimo, uma das promessas deste ano será a reformulação no Imposto de Renda, algo já engatilhado na PEC da Reforma Tributária. Por mais que alguns passos tenham sido dados em outras propostas constitucionais e projetos de lei, a defasagem na tabela de isenção do Imposto de Renda é grande, principalmente se pensar que o último reajuste foi em 2015 e, ao longo destes nove anos, a inflação subiu muito em alguns, assim como o custo de vida.

Muitas das propostas que caíram no colo do PT não vão muito na direção da política econômica do partido, mas ele procurou fazer, com diálogo, o melhor texto, para atender todas as classes sociais. Todavia, a reforma fiscal será de suma importância, não apenas para aumentar a taxa de isenção do Imposto de Renda, como para taxar setores que não recebem a "boca do Leão" em suas contas.

Agora, o principal desafio será aquele que muitos tentaram atenuar, mas ficou em vão, mantendo a proposta original: deficit zero. Gastar aquilo que arrecada será uma meta audaciosa, principalmente depois do rombo — ainda não finalizado — em 2023, com destaque para o vermelho em estatais, que renderam lucros em gestões anteriores.

Taxar meios antes "limpos", como as apostas esportivas online, bem como reestruturar outros meios de desoneração — a MP que corre risco de ser devolvida —, virou a fórmula para tentar zerar o rombo. Entretanto, não será algo simples.

Alguns até defendiam um reajuste para um deficit de 0,5% a 1%, mas, no fim, o 0% prevaleceu. O malabarismo será grande e o arcabouço fiscal terá, em seu primeiro ano efetivo, o grande desafio para saber se, de fato, melhorou ou não o poder de mexidas nas contas públicas.

Para o povo, o principal é sempre ter uma economia aquecida e sem terremotos, como foi no fim da década de 1980. Por isso, mesmo com o mínimo sendo aumentado acima da inflação, as finanças do governo precisam, também estarem no azul, para ninguém sair perdendo.

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