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Iremos reviver tudo outra vez?

O desdobramento da violência no Rio de Janeiro preocupa. Se antes o problema eram os traficantes, a criminalidade ganhou um perigo plus nessa luta que é a entrada dos grupos milicianos. A prisão de Zinho, o miliciano mais procurado do estado, sem dúvidas foi um ponto extremamente positivo para o final de 2023. Porém, os acontecimentos da sequencia dessa prisão, são as preocupações para 2024.

Zinho não deixou um substituto como é comum de se ver nesses grupos mafiosos, e é exatamente esse o problema. Normalmente não existir um sucessor em algo pode ser o indício de que não haverá a continuidade de seja lá o que for, em uma empresa do mundo legalizado isso significa o fim dela ou a venda dela para uma empresa maior. No caso do mundo ilegal isso significa guerra ao poder até que alguém tome o espaço deixado. Isso ficou muito claro quando dias após Zinho se entregar a policia, um de seus comandados, o miliciano Antônio Carlos dos Santos Pinto, o Pit foi cruelmente assassinado com diversos tiros. A morte do miliciano poderia inclusive passar desapercebida e até mesmo ter falas como "bem feito", "ele mereceu" ou algo do tipo. Porém, dentro do mesmo carro onde foi assassinado havia uma criança de 9 anos que também teve sua vida ceifada durante a emboscada.

A criança em questão era o filho de Pit, porém, sem ligações com milícia e só uma criança que acabou respondendo pelo erro de seu pai. Assim como em 2010 aconteceu com o maior bicheiro da atualidade, Rogério de Andrade, quando perdeu seu filho, Diogo Andrade de 17 anos, em um ataque de bomba em seu carro. Mas ao contrário de Pit, Rogério sobreviveu ao ataque.

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