Em um dos momentos de maior descredibilidade já vivido pela gloriosa camisa da seleção brasileira, o futebol se despede do homem que mais amou a 'Amarelinha'.
Ninguém falava da seleção com mais amor e respeito do que Mario Jorge Lobo Zagallo, o único homem quatro vezes campeão mundial.
O ex-técnico e jogador sai da vida para eternidade logo após a Confederação Brasileira de Futebol, a CBF, na figura do presidente Ednaldo Rodrigues, protagonizar uma vergonha a nível mundial envolvendo a vitoriosa camisa amarela, ao anunciar a todos o acerto com o técnico Carlo Ancelotti, que acabou não acontecendo.
Distante de tudo isso, na outra ponta da história, Zagallo representa a figura do sucesso, da paixão e da união. Ídolo dos rivais Flamengo e Botafogo, o Velho Lobo conquistou títulos por todos os quatro grandes clubes do Rio de Janeiro.
Com o coração dividido entre Flamengo e Botafogo, ele detém o feito de ter sido campeão como treinador dirigindo Vasco, Fluminense e também o Bangu.
Mais do que isso, Zagallo tinha a admiração, não só no Rio de Janeiro, onde construiu a grande parte da sua carreira no futebol, mas consolidou-se como uma figura nacional, reconhecido por todos no meio do futebol como uma das figuras mais importantes para o fortalecimento do esporte no Brasil.
Ninguém precisa amar nosso futebol como Zagallo amou durante 92 anos. Talvez só ele tivesse essa qualidade. Mas sua trajetória é um exemplo para quem deve respeitar e honrar o escudo que só tem cinco estrelas por causa do suor e talento do Velho Lobo.