O jornalismo vive hoje uma verdadeira luta com algo que sempre foi um fator produtivo e que ao longo dos anos alavancou a comunicação no mundo inteiro, a tecnologia. A chegada das câmeras digitais facilitou e muito a vida dos fotógrafos, que aliás a profissão foi comemorada ontem, assim como as novas câmeras de vídeo tiraram as dificuldades de se gravar em fitas e auxiliam muito a parte de edição de imagens.
Até mesmo a questão de gravação de voz, escrita e muitos outros fatores que a profissão possui foi usufruída pelas novas tecnologias ao longo dos anos. Entretanto, a mesma tecnologia hoje coloca em cheque diversos pontos do atual jornalismo. A chegada da Inteligência Artificial vem tentando tomar de assalto todo o trabalho que o jornalismo vem fazendo. Se um profissional da escrita necessita de horas para fazer um texto, basta algumas palavras na pesquisa do Chat GPT para um lindo texto pesquisado, inclusive puxando material jornalístico apareça na tela do computador. Porém, o mesmo vem acontecendo com as imagens que podem ser montadas e moldadas artificialmente e as vozes, até de pessoas que já morreram, voltam a vida em textos que os donos delas já mais leram. É fantasticamente intrigante essa realidade, porém também muito perigosa. Afinal de contas, como separar o fato do fake se o fake a cada dia se assemelha ao fato real?
Mais uma vez o jornalismo é posto em cheque sobre a sua sobrevivência. Afinal de contas, já passamos pela queda curricular da profissão, agora estamos de frente com uma realidade temorosa da Inteligência Artificial que, inclusive, já vem sendo usada por muitos profissionais da área da comunicação. Afinal de contas, se bem utilizada, essas ferramentas AI podem ajudar e muito os profissionais.
Mas o grande problema está nos não profissionais ou aqueles sem ética que poderão se aproveitar dessas novas ferramentas para trazer a desinformação ou a falsa informação para a sociedade. Infelizmente, até o momento, não existe uma legislação do que pode ou não pode em relação a AI. Porém, não existe e não temos previsão de algo desse tipo existir tão cedo na sociedade.
