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Rio de Janeiro volta a ter o seu aeroporto

Se Tom Jobim ainda tivesse vivo, provavelmente a clássica "Samba do Avião" seria refeita, diante dos casos com os aeroportos Galeão e Santos Dumont. Aliás, o internacional tem o batismo do compositor no nome, diante da sua autenticidade com o Rio.

Nos versos, o Cristo Redentor está braços abertos sobre a Guanabara. Não por menos, suas bênçãos devem estar surtindo os efeitos desejados para "dentro de mais um minuto estarmos no Galeão".

Órgãos municipais e estaduais, junto com companhias aéreas e entidades, como a FecomércioRJ, e a concessionária RIOgaleão, anunciaram um investimento de R$ 300 milhões no terminal, para que ele volte ao patamar de 2019, quando recebeu quase 20 milhões de passageiros ao longo do ano.

O Galeão, principalmente nos anos 2000 até a Copa do Mundo de 2014, foi um grande porta de entrada da Europa — e do mundo — para o Brasil — em especial do Rio de Janeiro. Da pandemia em diante, o aeroporto ficou praticamente as mínguas, quase sucateado. Seu novo terminal, inaugurado para a Copa e Jogos Olímpicos de 2016, foi desativado, para a concessionária não ter prejuízos mais severos. Em compensação, o Santos Dumont cresceu, ficou abarrotado, sem ter por onde por passageiros.

Diante de tal matemática, a solução foi tentar dividir os voos ou mesmo limitar o espaço aéreo de um aeroporto, para fortalecer outro. Por enquanto, a estratégia vem dando resultado e esse aporte público e privado tem tudo para fazer o Galeão renascer e deixar o nome de Tom Jobim ainda mais vitorioso, com o "Samba do Avião" fazendo jus aos seus versos.

O Rio precisa voltar a ser a porta de entrada do país, como fora outrora. A cidade tem seu charme e a mistura do mar com a natureza, juntamente com as belezas arquitetônicas, fazem da antiga capital brasileira um marco sempre lembrado por muito que já visitaram e que ainda vão conhecer. E esse arremate financeiro de Prefeitura, Governo do Rio e Changi (principal acionista do RIOgaleão) fará com que o turismo volte a ter e ser o principal meio de suporte da economia e das finanças municipais e estaduais.

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