Tão comum quanto as chuvas de janeiro e as tristes cenas de inundações e de pessoas que perdem os seus pertences devido ao temporal, são as demonstrações solidariedade e heroísmo que sempre vemos.
Há tempos normalizamos um vira-latismo que costuma diminuir o valor do povo brasileiro, ressaltando mais seus defeitos — que, de fato, existem aos montes — do que suas qualidades.
Nesse momento em que mais um desastre atingiu o Rio de Janeiro, é importante observar a parte meio cheia do copo, pois é justamente na dificuldade que tantos brasileiros demonstram o seu poder de solidariedade ao próximo.
Seja com atos de heroísmo, em que pessoas se arriscam em meio a enchente para salvar alguém em dificuldades, seja com mutirões para auxiliar na limpeza de quem teve seus bens afetados pela lama ou seja em vaquinhas virtuais para tentar amenizar os prejuízos de quem perdeu tudo o que tinha com as chuvas.
Há vídeos impressionantes que viralizaram, como a de um grupo de homens que, com a água no pescoço, desafiaram as enchentes para salvar a vida de uma senhora de idade que estava prestes a se afogar dentro de casa.
Há outros exemplos de pessoas que se uniram, pegaram baldes e vassouras, e limparam uma unidade de saúde que havia sido invadida pela lama.
Sem falar de pessoas que tiveram a continuidade de seus negócios salvos graças a solidariedade de quem fez doações e pensou na vida do próximo.
Em momentos de enchentes e desastres, devemos sim olhar para os heróis do cotidiano, quem fazem com que a tragédia seja menor do que poderia.
