Quando a diferença é esdrúxula

No início do ano, uma pesquisa apontou as melhores companhias aéreas do mundo em 2023 em relação à pontualidade. Demos chamada na capa dos jornais do Grupo Correio da Manhã ressaltando a importância de termos uma empresa brasileira, a Azul, com o segundo lugar do ranking mundial. A primeira, foi a colombiana Avianca.

Pois bem! É impossível também não associar a empresa brasileira a outros quesitos e serviços prestados pelo setor. Desde o conforto até a alimentação ofertada nos voos, sejam eles de curta ou grande duração.

Quando comparamos a Azul com outras aéreas presentes nos voos domésticos do Brasil, é esdrúxula a diferença em muitos pontos importantes para que a empresa seja sempre escolhida por seus passageiros em suas viagens, sejam elas a trabalho ou lazer. A lógica deveria ser que quanto mais caro é o valor da passagem, melhor deveria ser o serviço prestado. Mas, infelizmente, não é a realidade da maioria dos voos diários aqui no Brasil.

Enquanto temos a Azul, que em trecho entre Rio de Janeiro e Brasília, oferece um excelente serviço de Wi-Fi grátis, além de monitores com TV ao vivo, filmes e séries, suas concorrentes aqui no país, em uma viagem do Rio a Fortaleza, se quer oferecem internet, quando oferecem, é somente para determinado aplicativo, como WhatsApp, e não funciona tão bem como o prometido nos dizeres das aeromoças e nos papéis das poltronas.

Quando o assunto é alimentação então... Nem se fale! Enquanto a mesma companhia, que é considerada a segunda do mundo em pontualidade, oferece salgadinhos, biscoitos doces, guloseimas, as demais oferecem basicamente biscoito de água e sal ou de polvilho.

O que mais nos preocupa é que essas críticas são atuais, em tempos que nosso turismo está cada vez mais em ascensão e contribuindo com a economia brasileira, carnaval está chegando e nosso país sendo, como de costume, vitrine para o mundo. Como aceitar tamanha diferença de uma companhia para as demais que fazem o mesmo trecho? E detalhes, tempos estes que as passagens só aumentam em determinados trechos. Ainda mais quando partida ou destino é o Rio.

Estamos vindo de uma importante crescente em números de voos e passageiros em diferentes cidades brasileiras e isso não pode ser afetado por conta de empresas que não colocam os seus clientes em primeiro plano. Ah! E deixamos o quesito "conforto" para outro dia...