Uma viagem ao pedaço da Amazônia onde se fala japonês

Por José Aparecido Miguel (*)

1-FISSURA NO PL - Bolsonaro e Valdemar conversam após elogio a Lula que expôs fissura no PL. Ex-presidente citou possibilidade de 'implosão do partido' depois de falas de dirigente sobre gestão do PT. Por Marianna Holanda. A crítica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) às falas elogiosas do dirigente Valdemar Costa Neto ao presidente Lula (PT) expôs uma fissura na legenda, dividida entre o grupo bolsonarista e a ala "raiz", formada por políticos próximos ao centrão. A avaliação de integrantes da sigla é a de que o presidente do PL não mudará de opinião, mas deve submergir — até mesmo porque está de férias. (...) (Folha de S. Paulo)

2-SÉRGIO MORO, J&F E ODEBRECHT: os primeiros testes de Gonet à frente da PGR. Por Rafael Moraes Moura . O procurador-geral da República, Paulo Gonet, completa um mês à frente da chefia do Ministério Público Federal (MPF) quinta-feira (18), já confrontado com pelo menos dois temas de grande repercussão, tanto no meio político quanto no jurídico, que vão servir de teste para seu papel de defesa da instituição e seus membros. Os acordos de leniência da J&F e da Odebrecht - ambos fechados por integrantes do MPF e contestados pelas empresas perante o Supremo Tribunal Federal (STF) - e o inquérito aberto pelo ministro Dias Toffoli, do STF, para apurar as acusações do ex-deputado paranaense Tony Garcia contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e procuradores de Curitiba (PR) vão testar a disposição de Gonet de defender o MPF e contrariar a ala do Supremo mais contrária à Operação Lava-Jato. (...) (O Globo)

3-'CORONEL DE BOLSONARO' - Nunes enfrenta pressão para vice com 'coronel de Bolsonaro' cotado para contrapor Guilherme Boulos (PSOL) e Marta Suplicy . Por Carolina Linhares. Aliados do prefeito não querem antecipar escolha de vice; bolsonaristas defendem Mello Araújo. O nome que passou a despontar entre os cotados para formar dupla com o prefeito é o do coronel da reserva da Polícia Militar Ricardo Mello Araújo, bolsonarista que foi presidente da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) e ex-comandante da Rota. (...) (Folha de S. Paulo)

4-REMÉDIO DE BILHÃO - Bilionários atraem cientistas de universidades em busca do próximo remédio de US$ 1 bilhão. Grupo que tem entre seus membros o magnata da tecnologia Michael Dell fundou a Arena BioWorks, que oferece pagamentos milionários a pesquisadores renomados para descobrir remédios que possam ser produzidos e vendidos rapidamente Por Rob Copeland, The New York Times - Em um laboratório sem identificação localizado entre os campi de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), um grupo de cientistas está em busca do próximo medicamento de um bilhão de dólares. O grupo, financiado com US$ 500 milhões por algumas das famílias mais ricas do mundo dos negócios americano, causou alvoroço no meio acadêmico ao oferecer pagamentos de sete dígitos para atrair professores universitários altamente credenciados. O objetivo: evitar os bloqueios e a burocracia que atrasam os caminhos tradicionais da pesquisa científica em universidades e empresas farmacêuticas e descobrir dezenas de novos medicamentos (a princípio, para câncer e doenças cerebrais) que possam ser produzidos e vendidos rapidamente. (...) (O Estado de S. Paulo)

5-ESTOURO DA META em 2024 pode tirar até R$ 16 bilhões do governo Lula em ano de eleição presidencial. Risco de ter de frear despesas está por trás do debate sobre flexibilizar meta fiscal neste ano. Por Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli. (...) (Folha de S. Paulo)

6-PASSAGENS AÉREAS subiram 47% em 2023; viajar ficará mais barato em 2024? Por Alexa Meirelles. Os preços das passagens aéreas subiram 47,24% nos últimos 12 meses. Poucos aviões para todos os viajantes interessados, alta no preço do petróleo, quebra de agências de viagens e setor ainda em dificuldades fizeram o custo de um bilhete aéreo disparar. Para 2024, o cenário deve ser mais estável, com recuperação das empresas e diminuição dos custos. (...) (UOL)

7-UMA VIAGEM ao pedaço da Amazônia onde se fala japonês. Por João Fellet e Felix Lima. "Olha a natureza. Aprende com a natureza." As frases, ditas pelo engenheiro florestal japonês Noboru Sakaguchi, apontavam a saída para a catástrofe que havia se abatido sobre seus conterrâneos em Tomé-Açu, no interior do Pará. Uma praga nos anos 1970 dizimou as plantações das famílias japonesas que haviam formado, naquele pedaço da Amazônia, a então terceira maior colônia nipônica no Brasil. Foi quando Sakaguchi, na época diretor da cooperativa dos agricultores locais, pregou uma mudança radical: em vez de cultivar uma só espécie, eles deveriam se espelhar na diversidade da Floresta Amazônica. E deveriam aprender com vizinhos que estavam em Tomé-Açu há mais tempo do que eles: os ribeirinhos. "Ele (Sakaguchi) via o ribeirinho produzindo com harmonia", conta à BBC News Brasil o agricultor Michinori Konagano, membro da colônia e um dos principais discípulos do ex-diretor da cooperativa. Konagano, de 65 anos, é um dos 46 mil japoneses que migraram do Japão para o Pará entre 1952 e 1965. Ele veio com os pais, aos 2 anos de idade. Da varanda espaçosa na fazenda onde Konagano recebeu a equipe da BBC News Brasil, sente-se o aroma agridoce do cacau em fermentação. Guardadas em armazéns, as amêndoas de maior qualidade são exportadas para fábricas de chocolate no Japão. A fazenda também produz, em 230 hectares de área cultivada, vários outros tipos de frutas, como açaí, cupuaçu e pitaya, além de madeira e óleos vegetais. Se hoje Konagano convive com a abundância e sua propriedade é vista como referência na região, ele conta que, na infância, chegou a passar fome. "Perguntava para minha mãe e meu pai: 'por que tem tanta fartura na natureza, mas nosso quintal é pobre?'", diz. Na época, a família era adepta de outro modelo de produção, comum em grande parte da Amazônia: derrubar a floresta e cultivar um só tipo de alimento, em monocultura. "Hoje, eu me sinto culpado por ter derrubado e queimado. A degradação foi muito grande naquela época", lembra. (...) (BBC News Brasil)

8-PRÊMIO PUSKÁS PARA BRASILEIRO - Madruga vence Prêmio Puskás por golaço de bicicleta. Por Bruno Madrid. Guilherme Madruga, ex-Botafogo-SP e anunciado pelo Cuiabá, faturou o Prêmio Puskás, que elege o gol mais bonito do ano no planeta, no Fifa The Best 2023. O meio-campista de 23 anos superou Julio Enciso e Nuno Santos. Os atletas de Brighton e Sporting, respectivamente, fecharam o top 3. Madruga marcou um golaço de bicicleta em junho, quando o Botafogo-SP bateu, fora de casa, o Novorizontino pela Série B do Campeonato Brasileiro. (...)

(*) José Aparecido Miguel, jornalista, diretor da Mais Comunicação-SP, trabalhou em todos os grandes jornais brasileiro - e em todas as mídias. E-mail: jmigueljb@gmail.com