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O povo mostrando o seu poder no mundo

O mundo está em protesto. E não estamos nos referindo a onda de 1968, que teve similaridades nas várias partes do globo. E sim a descontentamentos singulares de cada continente, país ou mesmo bloco econômico.

Na Europa, tratores vão dominando as estradas, contra o barateamento e a maior abertura aos produtos estrangeiros, em detrimento aos internos. Por mais que o setor agrícola represente apenas 2% do PIB da União Europeia, os empresários e fazendeiros não querem perder o quilate que têm, para países como Brasil, Ucrânia e blocos, como o Mercosul.

Como a França está sendo a nação que ainda não fechou acordo para o tratado entre União Europeia e Mercosul, por resistência dos setores ambientais, os maiores protestos acontecem em Paris, justamente para que o governo renegocie termos que não prejudiquem os agricultores do país — e do bloco econômico como todo.

Aqui mesmo no Mercosul, uma marcha acontece na Argentina, contra o pacote de medidas de Javier Milei, que foi reestruturado, para ser aprovado no Congresso. Por mais que a greve geral no país em janeiro tenha dado um alerta aos parlamentares, ao que tudo indica, o atual presidente terá seus superpoderes ao longo de dois anos, mas não da forma como gostaria — ou pretendia.

Milei imaginou-se como um déspota esclarecido ou mesmo com o poder Moderador de Dom Pedro I, porém, ainda precisa negociar demais com sua base, pois, ao que parece, Macri está mesmo cumprindo o que disse durante as eleições argentinas, de que controlaria o seu governante, com a bancada, para não dar nenhuma zebra ao novo comando da direita na Casa Rosada.

Isso porque ainda não começou a disputa eleitoral nos Estados Unidos, pois, quando for confirmado o duelo entre Trump e Biden, mais uma vez, o que vai chover de gente nas ruas norte-americanas contra um e outro candidato, será algo para parar quarteirão.

Ou seja, a população está querendo ser ouvida e, para isso, usa ferramentas legais e compatíveis com aquilo que muitos países prezam: a democracia e a república, seja ela presidencial, parlamentar ou monárquica.

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