O ano começa depois do carnaval?

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A velha máxima diz que o ano começa mesmo depois do carnaval. Porém, diante dos fatos que narraram o meio político em janeiro, iniciou mais cedo em 2024.

A folia, por sinal, serviu para aparar as arestas e fazer muitos políticos conversarem a respeito de como será esse ano legislativo e de eleições municipais. Com um orçamento robusto, a Câmara, principalmente, e o Senado têm tudo para fazer suas bases felizes, com bilhões destinados em obras.

O governo, ao que tudo indica, deve mesmo continuar sua sina de negociar para ter projetos aprovados, a fim de obter o saldo positivo na balança, de não de déficit e ter que mandar uma cartinha para o Banco Central, justificando o motivo pelo qual não conseguiu zerar os gastos federais.

Aliás, um dos pontos do rombo de R$ 230 bilhões apontado nas contas públicas de 2023, de acordo com o Planalto, foi o acúmulo de precatórios a pagar. Se essa bengala for a mesma deste ano, o primeiro com o arcabouço fiscal sendo utilizado efetivamente, o projeto não serviu para fazer os gastos sambarem.

E por falar em samba, quantas cidades no país têm desfiles de escolas. Quem pensa que é só no Rio de Janeiro e em São Paulo, precisa ir ao Norte e Sul conhecer as escolas de Santa Catarina e do Amazonas, que, além do carnaval, tem a festa dos bois Caprichoso e Garantido.

Na Marques de Sapucaí e no Anhembi, no Rio de Janeiro e em São Paulo, respectivamente, a festa foi tanta que vários políticos e artistas puderam ser vistos nos camarotes dos governos estaduais e municipais de ambas as federações.

Ou seja, em fevereiro, tem carnaval, festa, exaltação e muita curtição para o ano começar depois da Quarta-Feira de Cinzas, onde todos estarão ao estilo da Fênix, renascendo para iniciar as discussões e fazer a máquina engrenar novamente, para chegar outubro brilhando, com os partidos elegendo seus prefeitos e vereadores, além de ajustar o barco para as eleições estaduais, congressuais e presidenciais.