Fight Music Show deve virar tendência
Por contar com muitas regras e uma quantidade menor de violência, o Boxe é chamado de 'a mais nobre arte'. Contando com lutadores que se preparam para os embates durante toda a vida, essa arte marcial já foi um fenômeno de extrema popularidade no Brasil.
Porém, nos últimos anos, com a perda dos direitos de transmissão das principais emissoras de TV abertas, o interesse do público em geral apresentou uma enorme baixa. Paralelamente a essa queda, o Ultimate Fighting Championship, o famoso UFC, cresceu exponencialmente, junto ao sucesso brasileiro nos torneios.
Esse favoritismo brasileiro nas Artes Marciais Mistas, capitaneado pela fase espetacular de nomes como Anderson Silva e José Aldo, fizeram do MMA e do UFC uma paixão nacional dos anos 2010.
Agora, chegou àquela fase em que a principal emissora de TV aberta perdeu os direitos de transmissão do UFC. Por isso, meio que repentinamente, o interesse no esporte parece ter sumido de novo.
Em meio a essas transições, um evento que mistura um pouco dos dois surgiu e vem ganhando popularidade. Nos Estados Unidos, a lutas de exibição entre lutadores de boxe consagrados, que viviam suas aposentadorias, e influenciadores digitais vêm fazendo muito sucesso.
No Brasil, a já lendária luta de boxe entre Popó e o humorista Whindersson Nunes rendeu quantias milionárias e trouxe um público mais jovem para o mundo do boxe, mesmo que brevemente.
Nesse contexto, o Fight Music Show vem se consolidando como um evento de muito potencial para os próximos anos.
Por mais que possa parecer uma corrupção do romantismo do Boxe, o evento desperta o interesse das novas gerações no mundo da luta, servindo como uma porta de entrada para o esporte. Além disso, dá a oportunidade de antigos lutadores voltarem à mídia, valorizando suas contribuições para o esporte nacional.
A luta entre Popó e Kleber Bambam foi um sucesso e parece ter sido apenas o começo. É bom o público se acostumar, pois esses eventos serão cada vez mais frequentes na TV aberta nos próximos anos.