Por: Paulo Cézar Caju*

O 'pilhado' Diniz e os jovens do Fluminense

'Se fosse em um manicômio, diria que estava ficando doido. Aliás, uma boa palavra para descrever suas atitudes', pontua o colunista Paulo Cézar Caju sobre o técnico Fernando Diniz | Foto: Conmebol/Jorge Bispo

Depois de anos sem visitá-lo, fui ao Maracanã. E logo no clássico Botafogo e Fluminense. Por mais que meu Fogão tenha vencido o jogo, não se classificou para as semifinais do Carioca, pela campanha irregular que fez. Porém, o assunto não é em si como foi o confronto, e sim pelo comportamento do técnico do Fluzão, Fernando Diniz.

A primeira coisa que me espanta é o fato dele ter a formação em psicologia e agir de uma forma muito "pilhada" em campo. Se fosse em um manicômio, diria que estava ficando doido. Aliás, uma boa palavra para descrever suas atitudes. E isso está se refletindo em seus jogadores, principalmente nos mais jovens. John Kennedy ficou reclamando com o bandeirinha todo o primeiro tempo e André, ao invés de fazer as roubadas de bola que faz sempre, com "classe", ficou dando carrinhos. Diniz é um bom treinador, gosto estilo de jogo das suas equipes desde o Audax, de serem ofensivas, à moda antiga, mas ele precisa usar o seu lado psicólogo para si também, pois, por mais que controle o vestiário, algumas ações expostas na televisão podem pegar mal, como no caso de Tchê Tchê, no São Paulo.

Falando em atitudes intempestivas, o que dizer dos dirigentes dos clubes paulistas? Carlos Belmonte pode pegar uma punição de 270 dias por xingamentos ao técnico do Palmeiras, Abel Ferreira. Só que o próprio Abel, em várias coletivas, já destratou os jornalistas e nada foi feito. E o que dizer da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, que também já destratou jornalistas e dirigentes. Será que há uma proteção ao Verdão?

Geraldinos, hoje as pérolas da semana começam com o debate sobre os principais jogadores no futebol brasileiro no momento. Os treinadores Mauro Naves, Oswaldo Paschoal, Zinho e Daniela Boaventura fizeram um ranking e colocaram os jogadores nas prateleiras.

Além disso, fizeram uma escalação da seleção internacional e nacional de atletas nos clubes brasileiros. A estrangeira vem com Rochet (Internacional); Bustos (Internacional); Arboleda (São Paulo); Gustavo Gómez (Palmeiras); Piquerez (Palmeiras); Arrascaeta (Flamengo); Payet (Vasco); Calleri (São Paulo); Cano (Fluminense); e Árias (Fluminense). A nacional: Bento (Athético Paranaense); Samuel Xavier (Fluminense); Murilo (Palmeiras); Leo Pereira (Flamengo); Ayrton Lucas (Flamengo); André (Fluminense); Zé Rafael (Palmeiras); Lucas Moura (São Paulo); Pedro (Flamengo); Endrick (Palmeiras); e Hulk (Atlético Mineiro).

Além disso, o limite do aumento de estrangeiros nos clubes em campo é algo que mostra como os nossos craques estão indo cada vez mais cedo para fora e os times recorrendo aos jogadores da segunda e terceira "prateleira" do futebol sul-americano. Com isso, ao invés de termos pratos de ouro ou de prata, estamos com de bronze, aço ou isopor.

Pérolas da Semana

1- "Depois que inventaram a linha de 5 posicional plantada, a retranca descontinuou no úlitmo terço do campo, quando se quebra a primeira linha de marcação alta, gerando espaços exploratórios, nos homens do meio" - não é mais fácil dizer que os jogadores estão com a marcação mais avançada?

2 -"Nada dá certo se o time não tiver a avolância e a centroavância, estas poderosas, que busquem a lateralidade do jogo, de forma aguda" - inventaram palavras novas para o vocabulário brasileiro?

*Ex-jogador de futebol. Fez parte da seleção do Tricampeonato Mundial no México em 1970. Atuou em Flamengo, Botafogo, Vasco e Fluminense, Corinthians, Grêmio e Olympique de Marseille (França).

 

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