1-SOBRE GOLPE - 'Se não enfrentamos, o próximo que perder também achará que pode articular golpe', diz Barroso. Presidente do STF opina sobre divergências com o Congresso, defende reação do Judiciário contra trama golpista e apoia participação maior de mulheres no Supremo. Por Mariana Muniz, Daniel Gullino e Thiago Bronzatto. Do seu gabinete no 3º andar do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, observa algumas pessoas tirando fotos na Praça dos Três Poderes. Há dois meses, o magistrado retirou, junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a maior parte das grades que ainda cercavam o prédio. Foi um gesto simbólico para representar a superação de um momento no qual o Judiciário foi alvo de ataques, cujo ápice da barbárie culminou nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Agora, Barroso avalia que o STF precisa dar respostas às investidas antidemocráticas: "Se a Justiça não reage de maneira adequada, nas próximas eleições o grupo que perder vai achar que pode fazer a mesma coisa", afirma o presidente do Supremo, em entrevista exclusiva ao Globo. O senhor assumiu a presidência do STF em meio à tensão entre Judiciário e Legislativo, marcada pelas votações do marco temporal, da descriminalização do porte da maconha e da retomada do foro privilegiado. Como vai contornar esse conflito de pautas? Eu não acho que haja conflito. A democracia não é o regime político do consenso. A democracia é o regime político em que a divergência é absorvida de maneira civilizada e institucional. Portanto, é possível que, em relação a alguns temas, parte do Congresso tenha uma visão diferente do que tenha sido decidido pelo Supremo. Não acho que haja crise, tensão e desarmonia. Há, por vezes, visões diferentes. Mas até nos bons casamentos, às vezes, as pessoas têm visões diferentes. Acho que o país vive um momento de repacificação institucional, e eu tenho me empenhado por isso. Só existe pensamento único em ditadura. Uma pesquisa do Datafolha mostra que a reprovação ao trabalho do STF caiu 10 pontos entre dezembro de 2023 e março de 2024. (...) (O Globo)
2-MUSK X MORAES - Musk ataca Alexandre de Moraes e insinua fechar escritório do X no Brasil. O empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter) e presidente-executivo da Tesla, atacou o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), em publicações na plataforma e insinuou fechar o escritório da rede no Brasil. Empresário questionou Moraes do porquê de "tanta censura no Brasil". O ministro é autor de uma série de despachos que suspenderam perfis, nas redes sociais (entre elas o X), de investigados por suposta disseminação de desinformação e ataques às urnas eletrônicas. (...) (UOL)
3-CONCURSOS - PM-SP, CNJ, HOSPITAIS e outros órgãos: concursos oferecem 46 mil vagas. Por Claudia Varella. Concursos públicos oferecem 45.962 vagas em todas as regiões do país, com salários de até R$ 37,4 mil. O maior concurso tem 6.293 vagas. Elas são oferecidas pela Prefeitura de Teixeira de Freitas (BA). O salário mais alto é de R$ 37,4 mil. O valor será pago para quem passar no concurso da Câmara de Maceió (AL). Há também outros concursos com oportunidades em vários cargos. Eles são destinados a candidatos de todos os níveis de escolaridade. Link - https://jcconcursos.uol.com.br/concursos/inscricoes-abertas - (...) (UOL)
4-ZIRALDO PUBLICOU 1º desenho aos seis anos, foi 'pai' do Menino Maluquinho e fundou jornal 'O Pasquim'. Morto aos 91 anos, desenhista e escritor também criou a revista 'Bundas'. Conhecido por personagens como Menino Maluquinho e os da "Turma do Pererê", o desenhista e escritor Ziraldo, que morreu aos 91 anos, sempre foi um incentivador da leitura. "Ler é mais importante do que estudar" era uma de suas frases mais emblemáticas. A morte do desenhista foi confirmada por sua família na tarde deste sábado (6). Ele morreu dormindo, em casa, no bairro da Lagoa, na Zona Sul do Rio de Janeiro. (...) (g1) Criança é burra. Ziraldo estava no JB, quando traballhei lá. Ele dizia que criança é burra. (JAM-Memória) Continuamos todos um pouco maluquinhos, como o menino de Ziraldo. Por Alexandra Moraes. Fenômeno de vendas e eventos literários há mais de quatro décadas, "O Menino Maluquinho" está entranhado na infância brasileira desde que foi criado em 1980 por Ziraldo. Seu símbolo maior, a panela à guisa de chapéu, pode hoje parecer inofensivo perto do maremoto de bizarrices detonado pelas redes sociais. E mesmo no livro o artefato estava longe de ser o aspecto mais peculiar do personagem. O avô é quem dá o alerta: "Meu neto é um subversivo". Ele era, sim, mas não por ameaçar levar bomba na escola. A aventura de aprender a ler é que ganhava um nível extra de subversão com o Maluquinho. (...) (Folha de S. Paulo)
5-HORROR EM GAZA - Ela virou 'jornalista' do horror em Gaza aos 9 anos: 'Destruíram até parquinhos'. Por Sophia Pilagallo. Lama Abu Jamous tem nove anos, mas sua rotina em nada se parece com a de uma criança comum. Nos últimos meses, ela tem se dedicado a documentar os destroços na devastada Faixa de Gaza, sua terra natal, alvo contínuo de ataques israelenses desde 7 de outubro. Apesar da pouca idade, Lama já sabe muito bem o que quer ser quando crescer: jornalista. E compartilha seu trabalho com quase 900 mil seguidores no Instagram. "Quero ser uma grande jornalista para mostrar a verdade ao mundo", afirma Lama em entrevista ao UOL. "Jornalistas e correspondentes que trabalham em Gaza estão sendo perseguidos pelos israelenses", acrescenta ela, citando como exemplo Wael Al-Dahdouh, correspondente da Al Jazeera que, em novembro, perdeu esposa, filha, filho e neto em um bombardeio. "Destruíram nossas vidas, nossas memórias e até nossos brinquedos. O que nós, crianças inocentes, fizemos para merecer isso? Queremos viver e aproveitar nossas vidas e nossa infância". Desde que a guerra começou, ela pegou o celular e passou a documentar a situação ao seu redor. (...) (UOL)
(*) José Aparecido Miguel, jornalista, diretor da Mais Comunicação-SP,
trabalhou em todos os grandes jornais brasileiro - e em todas as mídias.
E-mail: [email protected]