Há datas em todos os países que marcam momentos históricos ou populares. No Brasil, temos a Revolução de 1930, que exterminou a política do café-com-leite e o coronelismo, instaurando uma reformulação política na República. Em Portugal, há a Revolução dos Cravos, que completa 50 anos e fez o poder de Antônio Salazar se sucumbir.
A famosa letra de Chico Buarque, "Tanto Mar" — Sei que está em festa, pá/ Fico contente/ E enquanto estou ausente/ Guarda um cravo para mim/ Eu queria estar na festa, pá/ Com a tua gente/ E colher pessoalmente/ Uma flor no teu jardim — expressa um pouco esse momento. Tanto que aqui no país, em razão do regime militar, ela não foi autorizada a ir nas rádios, só depois da ditadura.
A Revolução dos Cravos foi um marco para Portugal, pelo fim de um regime considerado fascista. No Brasil, sua consequência foi a abertura para que muitos artistas fossem, exilados, para as terras lusitanas.
Esses momentos marcantes da construção ou reconstrução de uma nação são importantes para que as novas gerações saibam os motivos pelos quais seus parentes mais velhos tiveram que passar. Por isso que a história e a memória não deve ser renegada, assim como a cultura. Tudo que envolva pensamento, crítica e construção de opinião merece uma atenção especial. Porém, nem sempre isso é levado à sério.
A educação é um pilar importante para que a população tenha dissenimento e sabedoria para ter conversas sólidas e consistentes, a fim todos terem um diálogo franco e aberto.
Não apenas estes, como outros movimentos marcantes, assim como as independências das antigas colônias europeias na África e na Ásia, são de enorme valor para conhecermos um pouco da história e suas consequências para o Brasil.
A terra tupiniquim, que tem 524 anos de vida, com sete constituições e mudança de império para república, com passagem por um regime fascista e outro militar, ainda procura construir o progresso, a ordem, a paz e o amor, lema do positivismo, a principal base da construção da República, em 1889.
