DA EXPORAÇÃO DO CAFÉ À FERROVIA
Na segunda metade do século XIX, em função da contínua exportação do café produzido no Centro Sul Fluminense, verificou-se intenso fluxo ferroviário entre Belém (hoje Japeri) e Barra do Piraí, razão pela qual o Império concebeu a ideia de construir uma linha alternativa entre o Rio de Janeiro e Paraíba do Sul com o objetivo de recolher a produção da região de Paty do Alferes e de Miguel Pereira (então conhecida como Vila da Estiva).
Os primeiros contratos destinados à construção de uma estrada de ferro que chegasse a Paraíba do Sul, com prolongamentos a Três Rios e Porto Novo do Cunha partindo de Belém (Japeri), foram assinados no Rio de Janeiro no dia 15 de março de 1882 pelo Governo da Província Fluminense em atenção a uma determinação do Imperador D. Pedro II que, com tais planos, desejava ver o interior fluminense coberto por uma vasta e profícua teia ferroviária. A via deveria seguir o curso do rio Santana, galgar as serras da Viúva e do Couto, ultrapassar as atuais terras de Portela e Miguel Pereira.