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Santos se complica com valores irreais

Vivendo a pior fase de sua história, o Santos lançou um novo uniforme comemorativo em parceria com a banda Charlie Brown Jr., cujo vocalista, o saudoso Chorão, era santista fanático.

A camisa é preto com detalhes em dourado, trazendo um 'patrocínio master' da banda e um skatista no escudo no lugar da tradicional bola de futebol.

O que parecia ser uma camisa perfeita para os torcedores logo se mostrou uma ação isolada da realidade. O preço cobrado pela camisa é de R$ 500, querendo dar a ela um conceito de exclusividade que não pegou bem no cenário do futebol. O valor já seria absurdo se o time estivesse em uma fase boa, mas amargando na Série B e sem participar da Copa do Brasil?

Esse abismo das diretorias e fornecedoras de materiais esportivos acabam sendo o maior fomentador à pirataria no Brasil. Em sites de importação, como a Shopee, já é possível encontrar a mesma camisa, em modelo popularmente conhecido como 'réplica tailandesa', por valores que giram em torno de R$ 80 a R$ 120.

Como exigir que um torcedor comum abra mão de praticamente 1/3 de um salário mínimo em uma camisa que ele consegue comprar bem similar por menos de 1/5 do valor?

E a decisão santista é um grande tiro no pé, porque a camisa preta e dourada 'furou a bolha', conquistando fãs do Charlie Brown Jr., a galera do skate e até mesmo torcedores de outros times.

Muito provavelmente, se o preço fosse popular, o Santos venderia muitas unidades a mais e expandiria sua marca para além do estado de São Paulo. Isso mostra para o torcedor quais as prioridades do clube.