A direção da multinacional CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) promoveu uma visita guiada na semana passada, no interior da Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda, sul do interior do Estado do rio, para detalhar os projetos que colocará em prática para reduzir a drástica poluição que emite no município.
Seria uma atitude louvável, se realmente a siderúrgica, símbolo da industrialização no páis, esivesse realmente preocupada com o problema da poluição e a modernização dos equipamentos da Usina. Mas, como ocorre em outras siderúrgicas do país, o TAC (Termo de Ajuste e Conduta) está prestes a vencer e precisa ser renovado para manter a produção de aço.
A última dor de cabeça que a CSN precisa em um momento de turbulência no setor do aço é dificuldades para fazer um acordo para o novo TAC, que virou uma espécie de salvo-conduto para as siderúrgicas brasileiras. O Termo, assinado entre a CSN e órgãos estaduais ambientais, vencem agora, em agosto. Foi assinado em 2028, com promessas de medidas antipoluição, jamais sentidas pela população da cidade com mais de 200 mil habitantes no interior do Estado do Rio.
O valor do investimento, que deveria ter sido feito nos último seis anos, era de R$ 303 milhões. Em 2017, a empresa correu o risco de fechar justamente pelo descumprimento de um outro TAC. Ninguém quer o fechamento da Usina, que acarretaria em grandes perdas econômicas para o município, incluindo geração de impostos e renda. A cidade, embora seja mais independente economicamente hoje em dia, depende da CSN. Mas isso não significa que todos devem ficar a mercê da empresa.