Municípios de todo o país, assim como o Médio do Paraíba, no Estado do Rio, continuam mobilizados e arrecadando donativos para as inúmeras vítimas da tragédia que se abateu sob o Rio Grande do Sul. A população mantém o espírito de solidariedade e o empenho em minimizar o sofrimento de uma parte do país que, mais uma vez, é castigada por falta de uma política pública de prevenção a acidentes naturais.
Não demorou muito para a politização de uma catástrofe anunciada, que custou e custará a vida de milhares de pessoas. Muitas não conseguirão se reerguer. Não haverá tempo hábil. Ninguém monta o mínimo para sobreviver em um país marcado pela desigualdade de uma hora para a outra.
São anos de muito trabalho, levando pelas águas, pelo descaso de autoridades que não se preocuparam com as mudanças climáticas. E pior: agora querem ganhos políticos em uma hora de fragilidade de extremo desespero.
Para quem sente na pele e vê um futuro sem muito amparo e esperança, fica difícil acreditar no país. Fica difícil de entender como tragédias podem ser polarizadas, sem levar em consideração o ser humano, sem uma parada de sanidade por parte de grande maioria dos políticos.
Em meio ao caos, as fake news que mostram a pior face de determinados grupos. A desgraça vem acompanhada de quem ainda consegue se aproveitar dela e roubar o pouco que moradores conseguiram salvar. Obrigam as vítimas a colocarem suas vidas em risco e ficarem de prontidão tomando conta do que ainda possui. Sem arredar os pés do local onde moram, vivem os piores dias de suas vidas.