Por: José Aparecido Miguel (*)

"Destruição na luta contra a corrupção é implacável"

1-EUROPEUS RECONHECEM PALESTINA. Países europeus reconhecem Estado da Palestina, e Israel retira diplomatas. Irlanda, Noruega e Espanha fazem anúncio coordenado; outros devem acompanhar. Por Jamil Chade. Num gesto coordenado e politicamente de grande impacto, os governos da Irlanda, Noruega e da Espanha anunciam o reconhecimento unilateral da independência e soberania do Estado palestino. A medida coloca ainda mais pressão sobre o governo de Benjamin Netanyahu que, no início da semana, foi informado da decisão da procuradoria do Tribunal Penal Internacional de que pediu aos juízes que considerem uma ordem internacional de prisão contra ele por crimes de guerra e crimes contra a humanidade, em Gaza. No G7, nenhum governo reconhece a Palestina. Mas a esperança de Madri, Dublin e Oslo é que o gesto seja seguido por outros países europeus e que coloque pressão ao aliado americano a rever sua posição. No Velho Continente, apenas nove países adotam tal postura. (...) (UOL)

2-CASSAÇÃO DE MORO É REJEITADA. TSE rejeita cassação de Moro com aval de Moraes e placar de 7 a 0. Tribunal nega por unanimidade recursos de PT e PL que alegavam abuso de poder econômico na eleição. Por Constança Rezende. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu por unanimidade na noite de terça-feira (21) rejeitar os recursos que pediam a cassação do senador Sergio Moro (União Brasil-PR). A decisão foi tomada com apoio do presidente da corte, Alexandre de Moraes, que completou o placar de 7 a 0 a favor de Moro, após mobilização nos últimos anos de aliados de Lula (PT) e de Jair Bolsonaro (PL) pela perda de mandato do ex-juiz da Lava Jato. A cassação foi negada no TSE pelo relator, Floriano de Azevedo, cujo voto foi acompanhado pelos demais (André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques, Raul Araújo, Isabel Gallotti e Moraes). Moro foi alvo de recursos do PT e do PL que pediam a sua cassação sob alegação de abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e caixa dois nas eleições de 2022. O caso foi parar no TSE após a absolvição do senador no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Paraná. O cenário favorável a Moro acabou reforçado pelas articulações das últimas semanas. O julgamento se iniciou a menos de três semanas da saída de Moraes da corte, comandada por ele desde 2022. Em 3 de junho, o ministro encerra sua participação como integrante do TSE — Cármen Lúcia será sua sucessora na presidência. Se fosse condenado, Moro poderia perder o mandato e se tornar inelegível a partir de 2022, o que o impossibilitaria de concorrer a pleitos até 2030. Além disso, seriam realizadas novas eleições para a cadeira do Senado pelo Paraná. As acusações contra Moro tratavam, principalmente, de temas relacionados aos gastos no período que antecedeu a campanha oficial ao Senado. Os partidos argumentaram que os valores foram desproporcionais porque ele almejava inicialmente a Presidência da República, gerando desequilíbrio entre os concorrentes. As duas siglas somaram os gastos de Moro desde novembro de 2021, quando se filiou ao Podemos, de olho na cadeira de presidente. Floriano considerou, em seu voto, que não restou caracterizado nos autos o uso irregular ou abuso de veículos de comunicação. Já sobre os gastos, ele afirmou que "se mostram censuráveis, mormente por candidatos que empenharam a bandeira da moralidade na política". (...) (Folha de S. Paulo)

3-'CIDADES ESPONJA'. Como conter enchentes no Brasil, segundo criador das 'cidades-esponja': 'Barragens estão fadadas ao fracasso'. Por Julia Braun. Eventos atmosféricos extremos com períodos prolongados de fortes chuvas e inundações, como as ocorridas no Rio Grande do Sul nas últimas semanas, se tornarão cada vez mais comuns e intensos, segundo os cientistas. Mas o que as cidades podem fazer para evitar ou mitigar esse tipo de tragédia? Para o criador do conceito de cidades-esponja, o arquiteto chinês Kongjian Yu, a resposta está em parar de "lutar contra a água" e investir em soluções duradouras e baseadas na natureza. (...) (BBCC News Brasil)

4-"DESTRUIÇÃO NA LUTA CONTRA A CORRUPÇÃO é implacável". A ONG (Organização Não Governamental) Transparência Internacional criticou a decisão do ministro Dias Toffoli, do STF, que anulou todos os atos da Operação Lava Jato contra Marcelo Odebrecht. A Transparência Internacional criticou terça-feira, 21, a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, que anulou todos os atos da Operação Lava Jato contra Marcelo Odebrecht. Em seu perfil no X, antigo Twitter, a ONG afirmou, em inglês, que a "destruição da luta contra a corrupção é implacável", relembrando que o magistrado, citado na delação de Marcelo Odebercht como o "amigo do amigo de meu pai", já havia suspendido o pagamento do acordo de leniência firmado pela Novonor, antiga Odebrecht, com a Operação Lava Jato no valor de 3,8 bilhões de reais. "O ministro Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, anulou todos os atos da Operação Lava Jato contra Marcelo Odebrecht. O mesmo juiz anulou todas as provas do acordo de delação premiada da empresa Odebrecht e suspendeu a multa multibilionária. A destruição da luta contra a corrupção no país é implacável." (...) (O Antagonista)

5-'ROBÔS HUMANÓIDES vão auxiliar nas tarefas domésticas', prevê diretor da UR. O avanço tecnológico deve tornar as cenas de filmes realidade e colocar os robôs humanoides nas residências para auxiliar nas tarefas domésticas. É o que afirmou Denis Pineda, diretor da Universal Robots (UR) na América Latina, durante entrevista ao "UOL Líderes", videocast do UOL Economia com a participação de executivos do mundo empresarial. (...) (UOL)

(*) José Aparecido Miguel, jornalista, diretor da Mais Comunicação-SP,
trabalhou em todos os grandes jornais brasileiro - e em todas as mídias.
E-mail: [email protected]