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Investimento em tecnologia é crucial

A pesquisa do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) divulgada recentemente, revelando que apenas 11% das escolas municipais e estaduais do Brasil têm acesso à internet com velocidade considerada adequada, serve para expor as inúmeras barreiras tecnológicas que ainda não foram derrubadas e impedem o pleno desenvolvimento educacional no país.

Os dados mostram que apenas 3.640 das 32.379 instituições pesquisadas possuem uma velocidade de download igual ou superior a 1 Mbps, o mínimo recomendado pela Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec). Este nível de conectividade é essencial para atividades educacionais básicas, como a navegação na internet e o acesso a redes sociais, mas ainda está longe de ser ideal para usos mais intensivos, como streaming de vídeos educativos ou utilização de plataformas de aprendizado online.

A pesquisa também revela disparidades regionais significativas, que servem para piorar ainda mais os índices de desigualdade social no país. Estados do Norte e Centro-Oeste, como Acre, Amazonas e Mato Grosso do Sul, enfrentam maiores desafios de conectividade em comparação com regiões como o Sul, onde Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná apresentam melhores velocidades de conexão.

A pesquisa do NIC.br lança uma luz sobre a realidade desafiadora da conectividade nas escolas públicas brasileiras, e serve para mostrar às autoridades responsáveis os principais pontos que devem ser atacados.

Uma internet de qualidade atualmente não pode ser considerada como luxo, mas sim como item básico de desenvolvimento para qualquer setor, principalmente para uma educação de qualidade.