Por: Ricardo Rodrigues Cardozo*

Justiça do Rio em profunda transformação

Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro | Foto: Divulgação

Divulgado recentemente, o Relatório Justiça em Números 2024, do Conselho Nacional de Justiça, demonstra que o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro está no caminho certo e continua em destaque no Judiciário nacional. Entre os tribunais estaduais de grande porte, seguimos, pela 15ª vez como o mais produtivo do Brasil, além de deter o índice de 105,1% de atendimento à demanda, 33% superior à média nacional.

A produtividade do TJRJ aumentou 22,5% em relação a 2022. O desempenho é 53% superior à média nacional. O Judiciário fluminense tem a maior carga de trabalho do país, 68% a mais que a média estadual. E tem o maior acesso à Justiça entre os tribunais de grande porte.

Além de refletir nosso empenho e dedicação no atendimento aos que buscam pela Justiça, os números e as informações do Relatório nos auxiliam no planejamento futuro. Podemos melhorar? Sim, podemos e devemos, porque a sociedade não merece justiça lenta.

Hoje, o TJRJ investe maciçamente em tecnologia. Este ano, em relação a dois anos atrás, triplicou os investimentos na área tecnológica.

Ferramentas que utilizam a inteligência artificial estão em desenvolvimento e brevemente serão disponibilizadas para os servidores e magistrados.

Um novo sistema mais amigável para a tramitação de processos (EPROC) será disponibilizado a partir de outubro. As rotinas processuais serão abreviadas.

O Tribunal do Rio está remetendo à Assembleia Legislativa uma proposta de organização judiciária que considerará a implementação de núcleos jurisdicionais onde juízes com a mesma competência poderão processar e julgar feitos por todo o Estado. Será um novo modelo que permitirá uma equalização melhor do trabalho, sem necessidade da criação de novas varas ou nomeação de novos servidores e juízes.

Um novo mundo desponta com o auxílio da tecnologia e é justamente por isto que o gestor moderno tem o dever de considerar todo o arcabouço tecnológico para não onerar o Estado.

*Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro