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Pedágios sem cancela e os seus problemas

A implementação da cobrança automática de pedágio - pelo sistema batizado de free flow - está sendo feita aos poucos, mas as polêmicas em torno da nova modalidade são muitas. Na Rio-Santos, a primeira a ganhar o pedágio sem cancela, os motoristas têm uma lista bem grande de reclamações, desde cobrança indevida até dificuldade para acessar o sistema na internet.

Os problemas relatados por usuários da Rio-Santos, administrada pela CCR RioSP, levou o Procon-RJ a multar a concessionária em quase R$ 80 milhões, na semana passada. Ainda cabe recurso. A Rio-Santos tem pontos de cobrança em Paraty (km 538), Mangaratiba (km 447) e Itaguaí (km 414). Todos alvos de queixas.

Em Mangaratiba, inclusive, moradores foram para a própria BR-101 e protestaram com cartazes, chamando atenção dos motoristas e autoridades. Uma decisão judicial chegou a anular todas as multas aplicadas por conta do não pagamento do pedágio. Algo em torno de mais de 600 mil multas. Um volume suntuoso. Resultado: a CCR recorreu e tudo voltou à estaca zero.

Discretos, os pedágios Free Flow são têm um simples pórtico com câmeras e sensores, capazes de identificar a placa do veículo e registrar a cobrança. Quem tem tags recebe a cobrança direto na fatura.

A celeuma vem por conta de grande parte da população que precisa acessar o site da concessionária para efetuar o pagamento. Detalhe: as passagens são contabilizadas no sistema em até 48 horas e o motorista tem até 15 dias para pagar ou receberá uma infração gravíssima, sujeito a multa de R$ 195,23 e cinco pontos na carteira.