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Poder de compra ruim e vida difícil

A redução do poder de compra dos brasileiros é um fenômeno preocupante que tem piorado ao longo dos anos. Com a inflação acumulada desde a criação do real em julho de 1994 até maio de 2024 chegando a 708,01%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o impacto no dia a dia das famílias é significativo. Esse percentual indica que o valor do dinheiro depreciou-se drasticamente: R$ 1 em 1994 agora equivale a R$ 8,08, tornando necessária uma quantia de R$ 100 hoje para comprar o mesmo que R$ 12,38 compravam há trinta anos.

Esse cenário é um reflexo direto da inflação persistente, que corrói o poder aquisitivo e dificulta a manutenção do padrão de vida. O preço dos alimentos, por exemplo, tem subido constantemente, obrigando as famílias a fazer escolhas mais restritivas e a reduzir o consumo de itens essenciais.

Muitas vezes, essas escolhas por produtos mais baratos resultam também em uma perigosa consequência: uma dieta menos nutritiva e saudável de diversas famílias, que precisam recorrer a produtos industrializados, visto o preço elevado de proteínas, como carnes, frangos e ovos.

O mesmo acontece com outros setores, como saúde, educação e transporte, onde os custos aumentaram consideravelmente, enquanto os salários não acompanharam essa escalada.

Em suma, a redução do poder de compra dos brasileiros é uma questão crítica que afeta a qualidade de vida e o bem-estar das famílias. Enfrentar esse desafio requer um esforço conjunto e soluções estruturais que garantam um futuro econômico mais estável e próspero para todos.