Mais um triste caso estampou as páginas dos noticiários. Na quinta-feira (4), o corpo da influenciadora digital brasiliense Aline Maria Ferreira da Silva, de 33 anos, foi sepultado no cemitério Campo da Esperança do Gama, no Distrito Federal.
A modelo e influenciadora morreu poucos dias após fazer uma cirurgia estética para aumentar os glúteos, exigência no padrão de beleza sensual em mulheres. Aline realizou um implante de PMMA, uma substância usada para preenchimentos faciais e corporais, sobretudo de glúteos. Porém, a composição da substância pode causar reações inflamatórias que podem levar a deformidades e necrose dos tecidos onde foi aplicado.
O caso mostra uma triste realidade pela constante e incansável busca por um padrão de beleza inalcançável.
Em meio a uma sociedade cada vez mais dominada por redes sociais, onde pululam tendências e juízes do que é considerável bonito e feio, a busca por cirurgias plásticas (mesmo que apenas para pesquisar o valor do procedimento) parece uma consequência quase esperada para mulheres em algum momento.
Essa armadilha é especialmente perigosa para cair em meio a profissões que exijam cuidados em relação à aparência. Modelos, atrizes e celebridades que ganham a vida através de seus trabalhos, que envolvem sua imagem, precisam estar sempre bem cuidadas. E a situação é mais complicada para mulheres mais velhas, onde o padrão de beleza está atrelado à juventude e características de quando se é jovem.
Mas o preocupante é essa armadilha estar cada vez mais próxima em mulheres jovens, como foi o caso de Aline. Parece que quanto mais perto do padrão de beleza se está, mais longe parece ser o objetivo final e mais cirurgias plásticas são necessárias para chegar até ele.
O que agrava ainda mais a situação é a oferta de procedimentos arriscados, perigosos, realizados em boa parte das vezes por profissionais sem habilitação.
A beleza só vale a pena se ela produzir bem estar. Do contrário, não há nela beleza alguma. A beleza, quando mata, é extremamente feia.