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A história de um país está na sua memória

Um povo que não exalta as conquistas e virtudes passadas não preserva a sua histórái, muito menos a sua memória. Basta olharmos como Grécia, Itália, Turquia e até o Iraque — foi palco dos povos da Mesopotâmea — conseguem atrair pessoas para visitarem seus países, justamente nesta questão histórica. E isso falta para o nosso Brasil.

Apesar de termos o rótulo do país do samba e do carnaval, poderíamos ter o de cultivador da memória nas Américas. O México faz isso bem, mantendo os vestígios dos povos considerados pré-colombianos (Astecas e Maias) e o Peru com os Incas. E o Brasil?

O país tem o tamanho de um continente e rico em várias histórias desde a época colonial, passando pelo período imperial e início da República. Temos várias carvernas e grutas, bem como indícios de pré-história. Só que ainda não temos a cultura da preservação deste vasto material.

Por mais que tenhamos títulos da Unesco, nada vela se não mantê-los. Basta ver o Cais do Valongo, que quase o perde, pela inérica em criar mecanismos de manutenção do espaço.

Neste ano, completam-se 250 anos do Cemitério dos Pretos Novos que é uma memória do período escravocrata no país. Apesar desta marca, deve-se celebrar a data, como uma forma de ensinar às novas gerações como foi o trabalho escravo no Brasil e suas consequências, que perduram até os dias atuais.

Não adianta pais dizerem aos filhos para decorar as matérias de História e Geografia para passarem de ano, sem que eles aprendam o que realmente elas ensinam. Por mais que venham a ser trabalhosas e detalhistas, elas nos fazer ter aquilo que muitos hoje batalham para ter o diferencial na busca por emprego: conhecimento.

Saber a história do seu país e do mundo não significa que venha a ser um intelectual ou "nerd", como essa geração diz. E sim é uma prova de que gosta de saber onde vive e o que pode fazer para melhorar seu ambiente. Afinal, quando conta a própria história de vida não gosta de detalhar os fatos e acontecimentos? Por que, ao falar do seu país, não pode ser igual?

Portanto, a preservação da história e da memória é fundamental para que as novas gerações saibam o que deve ser feito para melhorar ainda mais o estilo de vida e as condições para aprimorar os pontos certos e consertar os incorretos.