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Estamos mal de 'influenciadores'

O significado de "influenciador" com o advento das mídias digitais, revolucionou completamente a essência do papel daqueles que influenciam algo ou alguém. Influenciador dita modas, costumes, formas de pensar e agir dentro de uma sociedade. No caso do pseudo influenciador Vitor Berlamino, de 30 anos, sua influência não foi adequada e, muito menos exemplar, ao atropelar e matar o fisioterapeuta Fábio Toshiro, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Para piorar a situação, que já é uma tragédia, Vitor ainda se encontra foragido da Justiça.

Toshiro, de 42 anos, havia acabado de se casar com Bruna Villarinho. Tinha apenas deixado as malas no hotel em que estava hospedado com a esposa, e posteriormente iria caminhar pela orla ao lado da amada. Mas o passeio foi interrompido pela imprudência de um indivíduo, considerado por muitos como um influenciador digital. Que tipo de influência este cidadão pode compartilhar na sociedade? Que dirigir em alta velocidade (de acordo com testemunhas), atropelar e fugir do local do acidente é uma conduta exemplar? É claro e evidente que fazemos raras e honrosas exceções de influenciadores que dominam o universo digital. Mas a atitute deste rapaz foi uma completa excrecência. O ápice da irresponsabilidade e da desumanidade que alguém pode cometer.

Os mais experientes e vividos costumam dizer a seguinte frase: "influenciador no meu tempo era meu pai e minha mãe. Os maiores que eu conheci". E a frase corrobora com a premissa de que faltam bons exemplos na atualidade. Que os influenciadores do mal possam cair no ostracismo. E que os influenciadores do bem sejam reconhecidos.