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Colégio Vasco da Gama: exemplo a ser seguido

O Vasco anunciou um pacote de reforços composto por Philippe Coutinho, Souza e Alex Teixeira. O primeiro é um nome incontestável, o segundo tem uma grande expectativa, mas depende da forma física que demonstrará e Teixeira ainda gera desconfiança por conta da última passagem que teve no clube no ano passado.

O ponto é que a volta do trio, formado nas categorias de base do clube, após rodarem a Europa e conquistarem títulos, ressalta um diferencial que os atletas do Vasco têm: gratidão. Diferentemente de outros clubes do Rio de Janeiro, os jogadores formados na base cruzmaltina demonstram constantemente um carinho e uma gratidão fora de série.

Isso se deve, principalmente, ao Colégio Vasco da Gama. Ao contrário da maior parte dos clubes do futebol brasileiro, o Vasco tem uma escola para que as crianças desenvolvam seu futebol, mas também tenham acesso à educação. Em um país em que o analfabetismo preocupa e a taxa de evasão escolar é uma dor de cabeça terrível para os governos, um clube de futebol entendeu que a melhor forma de tirar os jovens da rua não poderia ser apenas o esporte. É impossível formar atletas sem formar cidadãos.

E agora, anos depois, o clube conta com o retorno de um craque internacional com apenas 32 anos, tendo mercado na Europa e chance de convocações para a Seleção Brasileira, principalmente porque ele tem uma gratidão enorme por ter recebido educação, moradia e alimentação na infância. O Vasco tem uma série de críticas a sua administração, mas o projeto do Colégio Vasco da Gama deveria ser referência em todo o país, fazendo do esporte ferramenta de desenvolvimento social.