Muitos estão felizes com a imagem das meninas da ginástica ganhando o bronze inédito por equipes nos Jogos Olímpicos de Paris. No entanto, a cena que marcou a conquista foram as jovens do Clube de Regatas do Flamengo vibrando com a medalha. Vale ressaltar que quatro atletas do Brasil são do rubro-negro carioca: Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa e Lorrane Oliveira.
O Brasil tem uma grande força no esporte, mas não investe onde deveria: na base. Não se fabrica talentos da noite para o dia e precisa de muito trabalho e esforço para conseguir um feito como esse da ginástica. A própria modalidade é um exemplo disso. Desde os anos 2000, com Daniele Hypólito e Daiane dos Santos, vem galgando em busca de prestígio e mídia. Hoje, com essa nova geração, juntamente com Jade Barbosa, que começou na época de Daniele e Daiane, está colhendo os frutos.
Obviamente que a gestão da Confederação Brasileira de Ginástica também não mudou sua metodologia. Desde Vicélia Florenzano até Maria Luciene Resende, o grupo político é praticamente o mesmo, fazendo com que o projeto não fosse descontinuado. Aliás, esse é um dos grandes desafios de muitos: aproveitar os projetos bons dos anrtecessores e aprimorá-los.
Por isso isso que a melhor forma para se criar novos talentos, principalmente no esporte, é apostando na base, nas crianças, nas escolhinas nos clubes e no incentivo em competições estudantis, pois o binômio com a educação é essencial para dar ao atleta a disciplina e um futuro próspero.
Não é mágica ou mesmo algo novo. Quem aposta na nova geração e cria mecanismos para que os jovens não abandonem a escola em prol do esporte, consegue bons resultados e faz um atleta de ponta. Nem sempre uma pessoa conseguirá ficar no alto rendimento por muito tempo, dependendo da modalidade e do esforço físico. Assim, juntar o esporte com a educação, potencializa a objetividade do cidadão, para que ele tenha uma cabeça mais completa e oportunidade de voos mais altos na vida, sem depender da sorte.
Que o bronze das meninas alimente sonhos de tantas outras, como do Flamengo, para estarem nas próximas olimpíadas, mas sem deixar os estudos de lado.