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Polêmica dos Naming Rights volta à tona

Passando pela crise mais caótica de sua história repleta de glórias e ídolos, o Santos está vendo, aos poucos, sua identidade morrer. Não bastasse o falecimento do Rei Pelé - maior ídolo do clube - na reta final de 2022, o Alvinegro Praiano encaminhou também o projeto de reforma da Vila Belmiro, que de reforma mesmo só tem o nome, já que porá abaixo praticamente todo o estádio para construir uma arena de maior capacidade.

Além disso, o clube segue na Série B, patinando um pouco nos resultados, mas ainda na liderança do torneio que dá acesso à Elite do futebol nacional.

Porém, a polêmica desta semana remete a um nome que parecia que permaneceria intocado. A Vila Belmiro. Nesta terça-feira (13), o Santos acertou a venda dos Naming Rights da Vila Belmiro, se estádio histórico, para a casa de apostas Viva Sorte.

O acordo prevê o pagamento de ao menos R$ 15 milhões anuais por dez anos para mudar o nome do estádio, que passará a se chamar Vila Viva Sorte nesta próxima década. O contrato foi prontamente aprovado pelo conselho santista, que se vê tão sufocado nas finanças, que aceitou trocar o nome da 'vila mais famosa do mundo' para conseguir seguir em atividade.

A questão dos Naming Rights é polêmica, mas se tornará cada vez mais frequente no futebol brasileiro. Estádios como o Maracanã não podem ter o nome vendido, está firmado em contrato, mas estádios históricos, como São Januário e o Couto Pereira, não apenas podem, como certamente venderão seus Naming Rights nos próximos anos.

A pergunta que fica é: quanto vale a tradição?