A presença cada vez mais marcante da inteligência artificial no cotidiano das pessoas é inegável, especialmente no ambiente educacional. Ferramentas de IA têm se tornado companheiras constantes na rotina de estudos, como aponta a pesquisa da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) em parceria com a Educa Insights, onde 71% dos estudantes entrevistados afirmaram utilizar frequentemente IA em suas atividades acadêmicas. Essa realidade, no entanto, apresenta tanto benefícios quanto desafios.
O principal benefício da IA nos estudos reside na capacidade de interação e personalização que essas ferramentas oferecem. A possibilidade de tirar dúvidas instantaneamente, buscar explicações sobre conteúdos complexos, ou até mesmo pedir sugestões de leitura, permite que o aluno seja mais assertivo em sua jornada de aprendizado. A IA pode funcionar como um tutor virtual.
Entretanto, a facilidade proporcionada pela IA também pode se transformar em um obstáculo para o desenvolvimento de habilidades fundamentais. Quando o aluno recorre à IA não apenas para buscar orientações, mas para delegar completamente a realização de suas tarefas, ele incorre em uma prática antiética e contraproducente.
O uso inadequado da IA, portanto, reflete um problema maior: a dificuldade da sociedade em acompanhar e se adaptar às rápidas inovações tecnológicas. O equilíbrio entre usufruir dos benefícios da IA e manter a integridade e a qualidade do aprendizado é um desafio que requer uma abordagem consciente e responsável por parte de alunos, educadores e instituições de ensino.
