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O futebol nacional precisa se modificar já

A nota do Sindicato Profissional de Atletas de Futebol do Rio de Janeiro, rebatendo as falas de Tite sobre o calendário do futebol nacional, atesta como o esporte é visto no país. E estamos falando do queridinho do povo.

A nota foi categórica em dizer que o treinador, que ficou por oito à frente da Seleção, não fez um movimento qpara que mudasse ou mesmo para a CBF tivesse mais pudor na eleboração do calendário nacional de competições.

Óbvio que os estaduais são importantes para os times pequenos dos estados, pois são as únicas vitirnes de fontes de renda de muitos, mas não pode sacrificar os grandes para esses torneios, que estão ficando menos atrativos.

Arranjar uma fórmula para agradar a todos também não é fácil, mas o que o sindicato fez foi algo de se tirar o chapéu. Como pode um técnico, que ficou comandando o Brasil, fazer críticas ao sistema que ele mesmo não quis mudar?

É muito fácil criticar quando se está do outro lado da porteira, já que, agora, ele é quem sofre com as convocações dos jogadores.

Esse fato é apenas uma prova de como o futebol — e o esporte em geral — é visto no país. Se não pararmos para observar como essa cultura, se modificada, pode render e transformar a vida de um jovem, continuaremos na mesma moeda e celebrando apenas os três outros que ganhamos nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

O incentivo ao esporte pode mudar a vida das pessoas e tornar os campeonatos mais atrativos e o calendário desportivo menos atenuante, para que os jogadores possam ver as famílias e terem mais tempo de descanso, serve de exemplo.

Por isso, o que o sindicato fez merece um olhar mais clínico e que outros também façam isso, para cobrar da CBF um melhor calendário nacional de competições futuramente, agradando os pequenos e os grandes clubes, assim como os torneios sul-americanos e internacionais, como as Eliminatórias para a Copa do Mundo.