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Setembro Amarelo e sua maior bandeira

Nos meses das cores, chegou setembro, cuja cor principal é o amarelo, de combate ao suicídio.

Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que, em média, cerca de 700 mil pessoas tiram a própria vida por ano. No Brasil, a média é 14 mil por ano ou cerca de 38 por dia. Números que preocupam e que, a cada ano, aumentam constantemente.

Por mais que a covid-19 possa vir a ter agravado tal situação, já que muitos ficaram em casa, sem poder fazer quaisquer tarefas, adquirindo casos de depressão, por exemplo, a faixa etária que mais vem cometendo suicídios são os jovens, entre 15 e 29 anos. Muito mais até que morte em trânsito e doenças como tuberculose. Sendo assim, essa campanha, que já está há anos no calendário anual de combate aos males mentais e de saúde, merece, cada vez mais ser ampliada e disparada nas redes sociais.

Nesse mundo cada vez mais virtual e menos social, muitos jovens preferem confiar mais nos seus amigos de instagram, tik tok, twitter do que nos pais, irmãos, primos e familiares. O medo que os aflige pode ser maior do que uma simples conversa ou verdadeira análise com algum terapeuta. A rejeição, o fato de ser esquisito ou mesmo de ter algum problema neurológico que o faz ser diferente dos outros pode ser um fator para que pensamentos ruins venham a surgir e pesquisar na internet formas de tirar a própria vida, por pura e simplesmente falta de diálogo com as pessoas em quem mais confia e ama.

Cometer o suicídio é algo muito fácil, dependendo de onde esteja ou como deseja fazer. Porém, as consequências do ato que não são medidas por quem o faz, pois, na cabeça da pessoa, ela já não está feliz com a própria vida.

Portanto, a campanha do Setembro Amarelo é crucial para justamente nos servir de alerta de como podemos nos prevenir desse mal e onde buscar ajuda, seja em centros psicológicos ou casas terapêuticas, a tratamentos médicos ou psiquiátricos. As vezes, tirar a própria vida é algo simples, mas e se pudermos refazê-la ou mesmo consertar alguns erros ou curar alguns problemas neurológicos? Será que isso não serviria mais de vitória do que aceitar a própria derrota? Essa é a maior lição que o Setembro Amarelo pode nos dar e que muitos, com seus depoimentos em páginas nas redes sociais falam: uma boa conversa com quem ama ou com quem entende do assunto funciona.