Vasco e Palmeiras vão se enfrentar neste domingo (22) no estádio Mané Garrincha, em Brasília. A decisão foi amplamente criticada pela torcida do Vasco, que está vivendo os últimos jogos do clube no mítico estádio de São Januário e gostaria de aproveitar a casa Cruzmaltina até o último segundo.
Porém, a venda do mando de campo foi feita secretamente ainda nos tempos da dita gestão da 777 Partners. Ou seja, não tinha como voltar atrás sem o pagamento de uma pesada multa.
Tirando o âmbito de perda do 'fator casa', já que além de ter levado o jogo para o Distrito Federal, o jogo teve divisão meio a meio entre as torcidas - diferentemente do jogo com mando do Palmeiras, que teve divisão 90% a 10%-, há uma questão ainda mais preocupante.
Por conta das queimadas tenebrosas que assolam o país, a qualidade do ar em Brasília, junto ao calor extremo, está fazendo com que crianças passem mal nas escolas.
Se há escolas e empresas com atividades suspensas por conta da perigosíssima qualidade do ar, como que a CBF reconhece haver condições para a prática de uma partida profissional de futebol?
Legitimar o acontecimento desse jogo em Brasília é por em risco não apenas o estado de saúde dos atletas de Vasco e Palmeiras, mas principalmente dos mais de 50 mil torcedores que compraram ingressos para a partida.
É mais uma forma de desvalorização do próprio campeonato. Parece que questões humanitárias não importam para o principal órgão do futebol brasileiro. Permitir que esse jogo aconteça é uma decisão extremamente desumana.