Falta de chuvas pode afetar abastecimento de água de mais de 11 milhões de pessoas no Rio de Janeiro

Por José Aparecido Miguel (*)

1-FOGO. O DRAMA DOS BRIGADISTAS na maior temporada de fogo em 14 anos: 'Nossa vida não vale nada'. Por Leandro Prazeres. No dia 25 de agosto, uma brigada de combate a incêndios florestais combatia uma queimada na Terra Indígena Capoto/Jarina, em Mato Grosso, como de costume. Habitada por indígenas de seis etnias, a área é uma das mais preservadas da região do Xingu e vem sofrendo com o aumento alarmante no número de focos de incêndio. Muitos deles são originados nas fazendas que cercam a área. Em determinado momento, a equipe que estava em campo retornou para a base. Todos voltaram, exceto um: Uellinton Lopes dos Santos, de 39 anos de idade. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte. Carbonizado em meio à floresta seca e destruída. Santos era considerado um brigadista experiente por seus colegas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que a morte de Santos causava "grande tristeza e indignação". O petista o chamou de "herói". As circunstâncias exatas da morte de Santos ainda não foram totalmente esclarecidas. Dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que, até domingo (15/9), o país tinha registrado 184.363 focos de incêndio, um aumento de 104% em relação ao ano passado e o maior número desde 2010. (...) (BBC News Brasil)

2-SECA E FOGO AMEAÇAM SAFRA e exportações à Europa, e Brasil articula adiar nova lei da UE. Por Eliane Oliveira. As queimadas recordes este ano terão um custo econômico para além das perdas na agricultura brasileira, no país que é líder nas exportações de diversos produtos, como soja, milho, café, açúcar, suco de laranja e carnes. Integrantes do governo e do setor privado admitem que os incêndios preocupam não só pelo fogo em si, mas porque podem ser usados para desqualificar a produção brasileira. Esse risco para as exportações se soma à queda de diversas safras, o que torna a crise conjunta do fogo e da seca uma ameaça econômica. O governo tem levado ao exterior a mensagem de que os incêndios ocorrem em meio a uma forte seca, de que há suspeita de ações criminosas e que outros países também sofrem com o fogo. Além disso, afirma que o Brasil está atuando para conter os problemas. Por isso, argumenta o governo Lula, não haveria motivos para punir as exportações brasileiras. (...) (O Globo)

3-CRISE HÍDRICA NO RIO. Falta de chuvas pode afetar abastecimento de água de mais de 11 milhões de pessoas no estado. Sistema Imunana-Laranjal, que abastece a Região Metropolitana, reduziu em 10% a produção de água. Por Thayná Rodrigues. Os mais importantes sistemas de abastecimento de água no Estado do Rio estão em estágio de alerta por conta da estiagem. A falta de chuvas pode afetar o fornecimento para mais de 11 milhões de pessoas em dezenas de cidades fluminenses. Segunda-feira o governador Cláudio Castro anunciou medidas para conter a crise hídrica que, segundo ele, "é do Brasil todo, não só do Rio". A Cedae recomendou à população que economize água. (...) (O Globo)

4-ATAQUE DE DATENA A MARÇAL é péssimo exemplo na política. Agressão durante debate é inaceitável; ambos têm colhido más notícias nas pesquisas. Há muito se sabe que José Luiz Datena (PSDB) tem pouco respeito pelo eleitor de São Paulo. Em 2016, 2018, 2020 e 2022, ele se apresentou para concorrer a cargos de prefeito, vice-prefeito e senador, mas desistiu nas quatro ocasiões, deixando como legado apenas a confusão que causou na disputa. No domingo (15), contudo, o apresentador ergueu seu desapreço a um novo patamar ao agredir Pablo Marçal (PRTB) com uma banqueta durante debate promovido pela TV Cultura entre candidatos à prefeitura da capital paulista. A reação virulenta de Datena ocorreu após uma série de ofensas desferidas por Marçal, a quem não falta repertório nem imaginação quando se trata de rebaixar a eleição a um campeonato de obscenidades e vilanias. Marçal, como é de seu feitio, procurou colher todos os dividendos possíveis do episódio, testando qual figurino serviria melhor aos seus propósitos. Sem nenhum medo do ridículo, até chegou a se comparar, pela posição de vítima, a Jair Bolsonaro (PL) e Donald Trump, que sofreram atentados contra suas vidas. O apresentador, mais que o influenciador, tem pouco a perder —até agora, ele não fez mais que despencar nos levantamentos eleitorais. No Datafolha mais recente, Datena apareceu com 6%, numericamente em quinto lugar. (...) (editoriais@grupofolha.com.br)

5-IDOSOS SÃO AS MAIORES VÍTIMAS de golpes financeiros. Por Mariana Rodrigues. Os idosos são o maior alvo de violência patrimonial, de acordo o Ministério de Direitos Humanos e Cidadania. Por conta do grande número de golpes contra idosos, a Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa desenvolveu a Cartilha de Apoio à Pessoa Idosa: enfrentamento à violência patrimonial e financeira, com os 15 principais golpes que têm como principal vítima a população idosa. Além disso, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) divulgou uma lista com dez golpes comuns aos idosos. A violência patrimonial inclui golpes virtuais e presenciais. 1) Oferta de empréstimo consignado e cartão de crédito. 2) Golpe do bilhete premiado. 3) Golpe do boleto falso. 4) Cartão retido no caixa eletrônico. 5) Falso namoro virtual. 6) Falso sequestro. 7) Falsa central de atendimento. 8) Golpe da maquininha. 9) Cartão "clonado" entregue ao motoboy. 10) Parente com o carro quebrado. 11) Falso processo judicial. 12) Saidinha de banco. 13) Compra em site falso. 14) Troca de cartão. 15) Golpe do WhatsApp clonado. 16) Golpe do falso empréstimo consignado. 17) Golpe do falso presente de aniversário/falso brinde. 18) Phishing (pescaria digital). Desde 2020, ocorrências de estelionato contra idosos pode, ser registradas pela Delegacia Eletrônica. Isso auxiliou na diminuição da subnotificação dos casos e, consequentemente, no aumento dos registros, diz a secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2024/09/16/golpes-financeiros-mais-cometidos-contra-idosos.htm (...) (UOL)

6-ESQUECENDO R$ 7,1 BILHÕES. Maior saque de dinheiro "esquecido" em bancos é de R$ 2,8 milhões. O valor, no entanto, não fica nem perto dos R$ 11,2 milhões que ainda estão "esquecidos" por uma única pessoa e que seguem no sistema. Por Junio Silva. Segundo o Banco Central, R$ 7,1 bilhões ainda podem ser sacados por pessoas físicas e empresas. (...) (Metrópoles)

(*) José Aparecido Miguel, jornalista, diretor da Mais Comunicação-SP,
trabalhou em todos os grandes jornais brasileiro - e em todas as mídias.
E-mail: jmigueljb@gmail.com