Com o fim do processo eleitoral e a configuração partidária definida, constatamos o crescimento latente dos partidos de centro e centro-direita, que elegeram numéros expressivos de prefeitos em diversas cidades espalhadas pelo Brasil. Tal radiografia impacta não apenas as eleições de 2026, mas também as articulações para a disputa pelo comando da Câmara dos Deputados e também do Senado Federal.
O Partido Social Democrático (PSD) aparece numericamente no topo da lista, contando com 885 prefeitos eleitos. Em seguida, aparecem MDB (853), PP (746), União Brasil (583), PL (516) e Republicanos (433). O crescimento é inevitável. É a verdadeira onda do "Centrão" que perpassa pelas cinco regiões do país.
Outro ponto que merece destaque após o pleito municipal é a reeleição de prefeitos nas capitais. Os 16 dos 20 prefeitos que disputaram a reeleição sagraram-se vitoriosos.
Dos 3.038 prefeitos em todo o território nacional que tentaram reeleição em 2024, 2.446 conquistaram novamente o cargo no primeiro turno e ficarão no poder até 2028, enquanto 548 não ganharam a disputa.
Com o mapa que favorece e consolida a ascensão do Centro, em um cenário absolutamente positivo para diversos gestores municipais que conseguiram a reeleição, notamos a aprovação, por uma parcela considerável dos eleitores, que, chancelaram, seja no primeiro ou no segundo turno, a vitória dos que já exercem mandatos.
Sem margem de dúvidas, e como consequência de uma eleição municipal marcada por reeleições, os prefeitos que conseguiram este feito precisam redobrar suas responsabilidades junto à população de seus municípios. Por um lado, reeleições que foram confirmadas por eleitores no sentido de plena aprovação dos gestores. Por outro, não uma aprovação, mas sim a ausência de opções minimamente convincentes e confiáveis para os eleitores — seguindo a premissa (com suas exceções) de que é melhor continuar com o mal que se conhece, do que apostar em algo desconhecido, que poderá resultar em um mal ainda pior. São leituras absolutamente necessárias e compreensíveis dentro do processo eleitoral.