Abstenções e o desafio da eleição
Seguindo com o tema eleição já que estamos a poucos dias da escolha dos próximos prefeitos e vereadores dos municípios brasileiros, é preciso falar de um fatos bastante preocupante e que, infelizmente, aumentou nas últimas eleições no país: as abstenções.
Mesmo o Brasil tendo o voto obrigatório, o alto índica de eleitores que não vão às urnas para votar tem chamado a atenção. Mesmo incentivado por alguns fatores, como a desilusão com a política e o descontentamento com os candidatos disponíveis, nós, brasileiros, precisamos ter a ciência de que escolher nossos futuros representantes para o Executivo e Legislativo municipal é de suma importância. Esse é o nível de governo mais próximo da população. Os prefeitos e vereadores eleitos são diretamente responsáveis pela gestão dos serviços públicos essenciais, como saúde, educação e saneamento, que impactam o cotidiano dos cidadãos.
O combate à abstenção deve ser encarado como uma prioridade, para que a democracia possa refletir de forma mais precisa a vontade do povo. Depois, com as cadeiras já ocupadas, essas mesmas pessoas que não votaram não poderão mais reverter cenário algum e sim aceitar o trabalho que determinado prefeito ou vereador está exercendo.
Nessa semana, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia, se pronunciou pedindo para que os eleitores compareçam às urnas no próximo domingo. Fazemos das palavras da ministra a nossa: "Compareçam, votem. O voto é necessário, o voto é sua expressão de cidadania ativa, participante. Isso é necessário para que a gente continue a ter a instituições constitucionalmente estabelecidas e civicamente atuantes".
Em um breve levantamento, vimos que em 2020, na última eleição municipal, 23,1% dos eleitores não votaram. Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro apresentaram os maiores índices, com 27,3% e 28%, respectivamente. Claro, que naquele ano passávamos ainda por uma pandemia, mas agora, em 2024, não estamos sob risco algum e precisamos ter a conciência e a responsabilidade de votar.