Luz no fim do túnel contra a dengue

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A possibilidade de o Brasil finalmente resolver os seus antigos problemas causadados pela dengue vem ganhando força com os novos avanços na produção de vacinas. A recente formalização de um pedido da Fiocruz ao Ministério da Saúde para desenvolver a vacina Qdenga, em parceria com a farmacêutica japonesa Takeda, reacende as esperanças de combate à doença, que afeta milhares de brasileiros anualmente. A proposta envolve um acordo de transferência de tecnologia na modalidade Parceria para o Desenvolvimento Produtivo, o que possibilita que o país se torne autossuficiente na produção.

Embora o desenvolvimento de uma vacina eficaz seja um grande avanço, erradicar a dengue será muito além de uma solução única. A questão envolve múltiplos fatores, como saneamento básico, campanhas educativas e, principalmente, o controle do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. A vacina, que já foi aprovada em outros países, apresenta-se como uma ferramenta poderosa, mas não uma resposta definitiva. A estratégia de vacinação precisa ser amplamente acessível e combinada com outras medidas preventivas, como o controle ambiental.

O principal desafio será a implementação eficaz dessa vacinação. O Brasil tem um histórico de sucesso em campanhas de imunização, mas a logística de vacinar populações vulneráveis, especialmente em áreas de difícil acesso, ainda é um obstáculo. Além disso, a conscientização sobre a importância da vacinação será essencial para garantir a adesão.

A expectativa agora é que, com a avaliação positiva do Ministério da Saúde e a concretização da parceria entre a Fiocruz e a Takeda, o Brasil possa avançar na produção nacional da Qdenga.