Chega a ser desanimador essa novela que é a liberação pelo Ibama das pesquisas na chamada Foz do Amazonas, que na verdade fica a 500 km dela, e é ao lado de produtivos poços de nossos vizinhos. A demora é prejudicial ao Brasil que tem pressa de ter os recursos para atender às fragilidades da população. A começar pela região, que é pobre e sofrida.
A militância em nome de supostos compromissos ambientais é cruel com os brasileiros que precisam dos empregos, depois dos royalties, em área pobre. O sucesso provável na exploração faria a região prosperar.
A sra. Marina Silva tem se revelado uma agente do atraso e justamente na região onde tem sua origem. É indiferente ao drama do isolamento em parte do ano dos milhares de brasileiros que vivem ao longo da estrada que liga Manaus a Porto Velho, cuja pavimentação vêm dedicando todos seus esforços para impedir. A região fica isolada no tempo das chuvas, além de a atividade econômica das duas capitais ser afetada pelo isolamento. Seria a única ligação terrestre da capital amazonense com o resto do Brasil.
As estradas criadas pela visão patriótica do ministro Mário Andreazza, na Amazônia, deram impulso à região, mesmo que com essa permanente campanha de ambientalistas que não acreditam que a maior poluição é a pobreza. Pelo menos, no trecho de outra estrada, a Cuiabá-Santarém, os atoleiros foram eliminados logo nos primeiros meses do governo Bolsonaro. Esta estrada é parte da Transamazônica.
A exploração mineral na região, com grande potencial e que inclui minerais estratégicos como lítio e potássio, também tem sido prejudicada pela ação do atraso e da insensibilidade daqueles que ignoram os reflexos deste elitismo utópico na vida de milhares de pessoas que merecem uma vida melhor.
Apesar desta pauta ser das esquerdas, quem melhor conhece a região hoje é o ex-deputado e ex-ministro Aldo Rebelo, que, inclusive, acabou de publicar, pela Prefeitura do Rio, um interessante livro sobre o tema. Talvez seja ele o homem público que melhor conhece e interpreta a realidade naquela área.
Uma pena a omissão dos políticos e da sociedade, em geral, em relação a essa verdadeira sabotagem aos legítimos interesses da região e do país como um todo. Preservar a Amazônia não é preservar a pobreza de boa parte de sua população.