Quando os dados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) são colocados à disposição do público, muitas verdades, algumas incômodas, passam a ser discutidas. A primeira delas é que o país não consegue alcançar devidamente suas metas educacionais. Depois é que os estados mais ricos nem sempre usam as verbas de forma eficiente.
Alguns estados são pontos fora da curva, como o Pará, que subiu da penúltima posição em 2021 para a 6ª em 2023. A mesma nota (4,3) foi obtida pelo Piauí. Ficaram à frente de Rio e São Paulo.
No ensino médio a liderança é de Goiás (4,8), seguindo-se o Espírito Santo, o Paraná, Pernambuco e Ceará. O último é o Rio Grande do Norte (3,2).
O curioso é que, na sequência da lª à 5ª série, todas as 100 escolas públicas de melhor desempenho são do Nordeste (68 só no Ceará), prova de que os seus líderes estão cuidando com maior zelo dos programas educacionais, o que antes não ocorria. Isso levou o Presidente Lula a recorrer a educadores cearenses para administrar o MEC, como tem sido feito na gestão de Camilo Santana. Alfabetizar o alunado na idade certa passou a ser meta desejável, além da atribuição dos recursos financeiros devidos ao sistema. Mas estamos carentes de bons resultados nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio. As notas obtidas são inferiores às metas consideradas.
Louve-se o empenho do MEC em nacionalizar as boas experiências pedagógicas vividas no Brasil. É muito importante que estados e municípios se mobilizem para aperfeiçoar essa programação, como seria desejável.
Nesse quadro, é importante destacar que devemos melhorar, de forma geral, a formação de professores e especialistas, tarefa dos nossos cursos de pedagogia. O Conselho Nacional de Educação, renovado pelo Presidente Lula, não poderá deixar o assunto muito para depois.
Deve colocar mãos à obra, de imediato, como é necessário.
*Educador e escritor. Membro da Academia Brasileira de Letras