Será mesmo que não teria como evitar?
O Supremo Tribunal Federal deve finalizar, nesta quinta-feira (28), o julgamento dos processos que tratam da responsabilidade das empresas que operam as redes sociais sobre o conteúdo postado pelos usuários das plataformas. Mas antes mesmo de sabermos o veredito da situação, vale uma reflexão.
Que as empresas não tem o controle do que seus usuários irão publicar ou expor, de fato, isso não tem como existir. Porém, será mesmo que é válido esperar ordens judiciais para que determinados conteúdos sejam tirados do ar? Empresas gigantes, não estamos falando de micro, estamos falando de as enormes de todo o mundo, no quesito internet e rede social. Não pode existir nenhuma ferramenta de monitoramento? Tal publicação foi escrita com teor racista? Apagada! Tal publicação foi homofóbica? Apagada! Tal publicação difama ou atinge negativamente determinado usuário? Apagada! De fato isso não deve ser tão difícil assim de acontecer quando estamos falando de empresas que detém bilhões de usuários.
Já foi a época que a internet, principalmente as redes sociais, era terra de ninguém. Atualmente, podemos dar como exemplo a diferença do Instagram e o X (antigo Twitter). Enquanto o primeiro aplicativo censura qualquer publicação de nudes, a rede social de Elon Musk se tornou quase um site de conteúdos pornográficos. Em uma breve pesquisa, conseguimos até notas links de pessoas que trabalham com este tipo de conteúdo no Instagram, direcionando para o X, já que nele, o usuário pode conferir.
Se consegue censurar nudes e conteúdo pornográfico, como não conseguir censurar crimes como racismo, homofobia e intolerância religiosa, por exemplo? Isso passa do limite da liberdade de expressão. Todos têm direito de falar, porém, as consequências devem existir, de fato.
Vamos aguardar o veredito dos ministros da nossa Suprema Corte e acompanhar os próximos capítulos dessa novela chamada "redes sociais".