Tornar o turismo acessível não é um favor, mas um dever. É com essa frase que iniciamos este editorial. A acessibilidade em pontos turísticos não é apenas uma questão de infraestrutura, mas sim, o respeito aos direitos humanos e da inclusão social. Se estamos falando de um 'destino', ele deve ser conhecido por todos, sem distinção, para que o mesmo seja, de fato, acolhedor, garantindo que pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, incluindo cadeirantes, possam acessar e desfrutar de suas atrações.
Diante deste cenário e de inúmeras críticas, já que mesmo o Brasil possuindo um dos maiores potenciais turísticos do mundo, a realidade do nosso país ainda está longe da ideal. O Ministério do Turismo afirmou que vem avançando e dando passos importantes nesta questão.
Nem todos os locais que recebem turistas no território brasileiro garante essa acessibilidade que, inclusive, está presente nas normas do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015). Enquanto algumas cidades investem em adaptações, como rampas, calçadas niveladas, transporte acessível e hotéis adaptados, como por exemplo: cadeiras anfíbias no Nordeste e os museus audiodescrição no Centro-Oeste, outras localidades permanecem negligentes.
Merece aplausos a iniciativa do MTur, o Programa Turismo Acessível, que vem dando passos largos para reforçar essa importância como um direito, primeiramente, e também oportunidade de desenvolvimento econoômico e de inclusão social. Já falando diretamente com outros municípios turísticos, aqueles do interior do país, que nem sempre recebe tamanha visibilidade como capitais e grandes cidades, o próprio Ministério do Turismo dispobiliza um Guia com dicas de como atender bem turistas com deficiência. Algo simples e que pode mudar a vida de muitos que desejam conhecer os locais e acabam não conseguindo.
O turismo acessível movimenta bilhões globalmente e beneficia não apenas pessoas com deficiência, mas também idosos e famílias com crianças pequenas. Cidades que se tornam inclusivas ampliam sua base de visitantes e mostram ao mundo que estão alinhadas com os princípios de sustentabilidade e igualdade.