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O que se espera dos administradores?

Faltando cerca de 19 dias para a posse de prefeitos em diversos municípios pelo país, é natural uma expectativa acerca dos eleitos no pleito de outubro para que toquem as administrações de suas cidades com a mais aboluta competência técnica, sobretudo voltada aos reais interesses da população de suas cidades.

Os que foram reeleitos, especialmente numa eleição municipal marcada exatamente pelas reeleições, se faz necessário avaliar o que precisa ser mudado. As peças que forem necessárias uma troca urgente, que sejam feitas. Mas as trocas e movimentações dentro da administração pública, não podem ser feitas pensando tão somente no atendimento das necessidades dos aliados que ajudaram na campanha.

É preciso fazer composição política? É evidente que sim! Mas a política não pode se manter distante dos princípios da moralidade e da isonomia administrativas.

É extremamente necessário se pensar na elaboração de um caminho alternativo, em que os problemas sociais que afligem a população cotidianamente, sobreponham-se aos interesses esfomeados (e às vezes escusos) de aliados e correligionários.

Aos novatos, com ou sem experiência na vida pública, mas que estarão asumindo pela primeira vez o cargo de chefe do Executivo municipal em alguma cidade deste imenso Brasil, o alerta vai na mesma direção. Pode parecer utópico, mas não e! Os cidadãos, quando depositaram o voto de confiança através das urnas eletrônicas, o fizeram por acreditarem na melhoria de sua condição de vida. Até mesmo os que simplesmente "votaram por votar", sem se importar efetivamente com o pleito, também, de alguma forma, pensam no melhor para a sua comunidade, embora a indiferença com o processo político seja latente.

Mas o que é preciso dizer com objetividade e clareza, é que administradores públicos, eleitos pelo povo, não podem se tornar indiferentes às necessidades das camadas mais simples. As mesmas camadas que padecem com a ausência de serviços públicos básicos; as mais esquecidas e sofridas. No entanto, as mesmas camadas sempre lembradas e acariciadas durante campanhas eleitorais em todo o Brasil.