Rio-SP, um acidente no meio do caminho

Por

Motoristas que se deslocam na Rodovia Presidente Dutra, que liga das duas principais metrópoles do país, Rio e São Paulo, convivem diariamente com um sério problema: os constantes congestionamentos. Quem viaja com horário de chegada vive momentos de incerteza, principalmente na Serra das Araras, no trecho de descida, sentido Rio.

É quase diário o registro de acidentes e, consequentemente, os congestionamentos de quilômetros. No último sábado, dia 21, não foi diferente. Um caminhão tombou na pista de descida da Serra das Araras, em Piraí, e o congestionamento passou de 30 km.

A Polícia Rodoviária Federal, que atende as ocorrências na Rodovia Presidente Dutra, informou que o tráfego aumenta em cerca de 20% nessa época por conta do Natal e do Réveillon. Além dos automóveis, há também um crescimento no fluxo de caminhões. Ou seja: haja paciência.

A CCRRioSP sempre que é procurada pela imprensa para comentar os inúmeros acidentes que travam a rodovia diz que faz obras que visam melhorar o fluxo na principal ligação entre o Rio de Janeiro e São Paulo, e reduzir o número de acidentes.

Realmente, a concessionária iniciou esse ano um investimento bilionário na Serra das Araras. O valor da obra é de R$ 1,5 bilhão e faz parte de um investimento de R$ 14,8 bilhões previstos pela CCR RioSP na Dutra e na Rio-Santos.

Estão previstas a construção de 24 viadutos, duas rampas de escape na pista de descida, melhoria em 14 pontos de acesso e a implantação de uma via marginal na pista sul, sentido São Paulo.

O detalhe é as obras vão durar, no mínimo, 52 meses. A previsão da CCRRioSP é de que a nova pista de subida seja entregue em 2028 e a de descida em 2029. Até lá, os motoristas ainda têm muito amargor para trafegar na rodovia.

Além disso, embora seja efetuada para trazer melhorias, as obras obrigam o fechamento da Serra das Araras em dias de explosões de rochas, necessárias para ampliar as pistas. Isso no sentido Rio-São Paulo.

Na descida da mesma serra, sentido São Paulo-Rio, o problema nesse trecho são os acidentes, principalmente envolvendo caminhões.