Por: Aristóteles Drummond

Recordar é viver

A sociedade precisa perceber que tem uma parcela de culpa na baixa qualidade dos homens públicos no Brasil contemporâneo. Afinal, ninguém pousa no Legislativo e no Executivo sem o voto popular. O afastamento das antigas elites da política acabou por abrir espaço para o que existe de pior. A maioria dos bons são veteranos ou herdeiros de políticos de boa conduta.

Na Assembleia do Rio, por exemplo, são ilhas de qualidade parlamentares como Luiz Paulo, já com seis mandatos, André Corrêa, herdeiro do deputado Luiz Antônio, histórico prefeito de Valença, onde hoje, aos 80 anos, é vereador eleito, e mais três ou quatro de famílias políticas.  A Assembleia do Rio já teve figuras do mais alto nível. No Estado da Guanabara, por exemplo, foram deputadas personalidades como o professor Cotrim Neto, Professor Gladstone Chaves de Melo, Álvaro Valle, Célio Borja, Augusto do Amaral Peixoto, Francisco Silbert e Jamil Haddad. Alguns como Célio e Jamil chegaram a relevo nacional. No Estado do Rio, depois da fusão, tivemos, com bom desempenho, Iara Vargas, Daisy Lúcidi, Aloysio Teixeira, Victorino James e Alexandre Farah.

A política tinha vices relevantes, nacionais, como Raphael de Almeida Magalhães, Rubens Berardo, Hamilton Xavier e Darcy Ribeiro.

No secretariado, então, a diferença é chocante. Lacerda teve Hélio Beltrão, Flexa Ribeiro, Marcelo Garcia, Fernando Delamare, Antônio Almeida Braga. Negrão, Cotrim Neto, Humberto Braga, Hildebrando Marinho, Antônio Vieira de Melo, Carlos Alberto Vieira, Márcio Alves, Carlos Costa, Luiz Alberto Bahia, Pedro Toledo Piza. Timaço!

Para completar, nossos senadores eram Gilberto Marinho, Amaral Peixoto, Nelson Carneiro, Darcy Ribeiro, Afonso Arinos, Miguel Couto.

O Rio de Janeiro tem de resgatar, em 26, este nível de representação polícia de qualidade. Não pode existir desenvolvimento econômico e social sem uma representação política de excelência.

Sem falar nas grandes obras, que só o Rio capital teve com Marcelo Alencar, César Maia e Eduardo Paes. No estado nada de significativo foi feito, nem com político do Rio na presidência da República e filho Senador.