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Uniformes resgatam os 'clubes retrô'

O ano de 2024 terminou, mas há algo de interessante que os clubes de futebol de menor torcida/ expressão podem tirar de lição da temporada: a moda.

A cada ano que passa, clubes de todo o país sofrem atrás de patrocínios para equilibrarem as contas e garantirem a existência. Isso leva aos já quase tradicionais uniformes repletos de marcas menores, somando um valor considerável. Em contrapartida, os clubes maculam sem tecidos, entregando uniformes que mais parecem macacões de Fórmula 1.

Em 2024, porém, a parceria com a Kappa, fornecedora italiana de materiais esportivos, três clubes 'menores', mas de tradição, de Rio de Janeiro e São Paulo, faturaram com novas vendas através de uniformes limpos e belíssimos.

O Bangu, por exemplo, apostou em uma campanha de marketing tratando o time como uma instituição "retrô". O design de seus uniformes, resgatando o icônico castor na camisa e o escudo dos tempos das fábricas, fez com que os uniformes repercutissem em todo o Brasil.

Os outros dois casos, da Portuguesa da Ilha do Governador (RJ) e da Juventus da Mooca (SP), foram parcerias para celebrar o Centenário dos respectivos clubes.

Apostando em cores mais sóbrias e design mais 'clean', saiu de cena a aparência de 'abadá de carnaval' e entrou um porte de 'Clube Cult'.

Esse resgate de raízes e nova forma de encarar clubes tradicionais que não têm mais como competirem com os 13 gigantes dá a esses clubes um novo caminho a ser seguido, se eternizando no imaginário popular como instituições necessárias. É legal apoiar o Bangu, a Lusa ou a Juventus. É genial!