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Comemoração e reflexão sobre o Braile

No último sábado (04), foi comemorado o Dia Mundial do Braille, data estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2018 para celebrar a invenção de Louis Braille, que há quase dois séculos criou um sistema de leitura e escrita tátil para pessoas com deficiência visual.

A data, que homenageia o aniversário do francês, não é apenas uma celebração histórica, mas um momento de reflexão sobre os avanços e, principalmente, os desafios que ainda existem em termos de inclusão.

O sistema Braille, composto por seis pontos em relevo, oferece um meio fundamental de comunicação, acessível a milhões de pessoas cegas ou com baixa visão ao redor do mundo. Ao longo dos anos, esse sistema não apenas permitiu que muitas pessoas se alfabetizassem, mas também se tornassem participantes ativas na sociedade, seja no mercado de trabalho, na educação ou nas interações cotidianas.

O braille é, acima de tudo, uma ferramenta poderosa de emancipação.

No entanto, o que deveria ser uma conquista para a inclusão ainda enfrenta grandes obstáculos. Embora o sistema de seis pontos seja relativamente simples, o aprendizado do braille não é tão acessível quanto deveria ser.

A falta de material didático adequado, de professores qualificados e de infraestrutura nas escolas ainda é uma realidade em muitas partes do mundo.

A exclusão começa no processo de ensino, e o reflexo disso é que grande parte da população com deficiência visual não sabe ler nem escrever em braille, prejudicando seu desenvolvimento educacional e, consequentemente, sua inserção no mercado de trabalho.