Estamos a poucos dias de mais uma posse presidencial nos Estados Unidos. Aliás, mais uma posse presidencial de Donald Trump, que, após 4 anos, retorna à Casa Branca. Diante deste novo cenário, surgem algumas reflexões acerca de segundas chances na vida, principalmente na política.
A política todos nós sabemos que é um reflexo da sociedade e de seus anseios. Quando um político que já ocupou um cargo importante, como prefeito ou presidente, enfrenta a derrota nas eleições e, anos depois, é eleito novamente, o ato de sua reeleição carrega uma simbologia ainda mais importante e responsável. Quando eleitores decidem dar uma nova chance a alguém que já esteve no comando de uma prefeitura, governo de Estado ou país, demonstra que acredita em sua evolução, na possibilidade de que os erros do passado sirvam de base para uma gestão mais consciente e eficaz no presente ou até que o seu sucessor foi 'pior' e que tal indivíduo deve retornar.
Aqui no país, temos dois exemplos bem próximos e claros. Mas que, nos dias atuais, não estão totalmente iguais. De um lado temos o prefeito Eduardo Paes, reeleito comandante do município do Rio. Paes se elegeu prefeito em 2008 e se reelegeu em 2012. Mesmo indicando o seu sucessor, não teve êxito e Marcelo Crivella conquistou as urnas cariocas. Após quatro anos de mandato, quem retornou? O popular Dudu que, após o mandato, deixou claro que fez a lição de casa e foi reeleito logo em primeiro turno.
Já o outro exemplo, é o nosso atual presidente. Temos Lula assumindo o Planalto em 2002, reeleito em 2006 e conseguindo emplacar sua sucessora, no caso a ex-presidente Dilma Rousseff. Após todos os episódios da política brasileira com impeachment, Temer e Bolsonaro, Luiz Inácio retornou à Brasília ao conquistar as eleições de 2022. Porém, em um cenário bem diferente de Paes e parecido com Trump. Com pouca vantagem sobre seus oponentes. Lula hoje, tem uma parte da população que o apoia e outra parte que o criticam e segue insatisfeita com seu governo.
Por fim, o político que recebe essa segunda oportunidade carrega o peso da expectativa popular: a de que, desta vez, os equívocos sejam evitados, as prioridades estejam mais claras, e as ações sejam conduzidas com maior sabedoria. Que esse legado seja levado em conta por Trump nesse novo governo. Mas de modo geral, será que todos têm conhecimento do valor de uma segunda chance? Fica a reflexão!