É mais do que necessário desmistificar o conceito de que o ar-condicionado é um artigo de luxo. Para muitos, especialmente em regiões onde as temperaturas facilmente ultrapassam os 35 graus, ele é um item essencial para o bem-estar. Seu papel vai muito além de proporcionar conforto. Ele reduz o risco de doenças relacionadas ao calor, como a desidratação e a insolação, além de auxiliar na melhora da qualidade do ar em ambientes fechados.
Entretanto, o cenário atual impõe desafios graves para o consumidor. As constantes quedas de energia em períodos de calor extremo, somadas às altas contas de luz, transformam o uso do ar-condicionado em uma verdadeira batalha. Empresas de energia precisam ser responsabilizadas pela ineficiência dos seus serviços, pois deixar a população sem luz durante dias em meio a temperaturas escaldantes é um desrespeito à dignidade humana.
O problema é ainda mais evidente quando se observa que o custo da energia elétrica no Brasil está entre os mais altos do mundo. Apesar disso, o serviço não acompanha o preço. Falta investimento em infraestrutura e manutenção, o que resulta em redes sobrecarregadas e desatualizadas. A modernização do sistema elétrico deveria ser prioridade, garantindo fornecimento estável e acessível, sobretudo em períodos críticos.
Não se trata de capricho, mas de necessidade. O acesso a um ambiente refrigerado é um direito que afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas, seja no trabalho, nos estudos ou mesmo no descanso. Assim como o consumidor é obrigado a pagar suas contas em dia, as concessionárias de energia devem prestar um serviço eficiente.