Por mais investimentos em malha ferroviária
O país tem uma malha ferroviária de cerca de 30 mil quilômetros de extensão, e representa 21,5% da matriz de transportes do país. No entanto, 36% da malha está inativa ou com pouco uso. E dependem, e muito, de investimentos de altas cifras. Além disso, são necessários investimentos federais, incentivos estaduais e locais, além de ações do setor privado.
A região Sul Fluminense mostrou que apostará em projetos envolvendo o setor. Na semana passada, por exemplo, os prefeitos de Barra Mansa, Luiz Furlani, de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto; de Quatis, Aluísio D'Elias; de Rio Claro, Babton Biondi; de Angra dos Reis, Claudio de Lima Sírio, o Ferreti; e de Piraí, Luiz Fernando Pezão, se uniram. Motivo: discutir a proposta de reativação do eixo ferroviário que liga a região Sul Fluminense à Costa Verde e a reimplantação do Trem Turístico da Mata Atlântica.
Detalhe: o projeto apresenta a implementação da chamada 'Rota do Café e Calcário', que é o corredor ferroviário que liga Varginha, em Minas Gerais, a Angra dos Reis, com requalificação dos trechos Varginha/Bhering (Lavras, Minas) e Barra Mansa ao Porto de Angra.
Com isso, será agilizado o escoamento de commodities provenientes de Minas Gerais, incluindo o café, que tem cerca de 40% da produção nacional vinda do estado. Tudo, claro, ainda são projeções feitas na expectativa de que o plano seja levado adiante pelas autoridades de todos os âmbitos.
Caso o projeto saia mesmo do papel, o impacto positivo que ele terá para o desenvolvimento econômico das regiões do Médio Paraíba e da Costa Verde, será de extrema importância para a população. Sem contar o fator saudosista.
A malha ferroviária brasileira começou a ser implantada em 1854, com a construção da Estrada de Ferro Mauá, no Rio de Janeiro. A partir daí, chegou a ter cerca de 37.000 km, na década de 1950. A Rede Ferroviária Federal, criada em 1957, operou por mais de 40 anos, até ser liquidada em 1999.
Na ocasião, com a realização de concessões, a malha da extinta RFFSA passou a ser operada por empresas privadas e o patrimônio da estatal foi transferido para o DNIT.