Quando a resposta foge do script
Em uma entrevista a Romário, Neymar disse que jogaria no lugar de Rivaldo na seleção brasileira campeã do mundo em 2002. A afirmação do jogador do Al-Hilal veio após o Baixinho pedir para ele escolher substituir um craque, entre Rivaldo, Ronaldo e Ronaldinho.
No mundo do futebol, a resposta de Neymar gera até hoje um interminável debate, com comparações entre Rivaldo e Neymar. Quem jogou mais? Quem teve o melhor auge? Rivaldo foi o melhor da Copa em 2002? Neymar errou em sua afirmativa?
As respostas para esses perguntas variam e cada um tem o direito de ter a sua própria opinião sobre essa questão futebolística, mas o que chama atenção de verdade é como respostas minimamente polêmicas ou fora da caixa incomodam hoje em dia.
Para muitos, a única respostas certa de Neymar seria "respeito os três jogadores, não tiraria ninguém daquela seleção."
A resposta politicamente correta - e chata - não geraria repercussão e nem críticas ao jogador brasileiro.
Há um enorme incomodo na imprensa esportiva brasileira e até entre os torcedores com quem costuma dizer o que pensa. Qualquer irreverência, mínima que seja, é vista como arrogância, polêmica ou desrespeito. Não se trata de concordar com Neymar. Este texto não trata do mérito, mas sim da repercussão desmedida a tudo que é falado fora do script padrão.
O mais incoerente é que os mesmos que reclamam da falta do posicionamento dos jogadores, são os primeiros a ataca-los quando eles dizem o que pensam. Por que não admirar quem ainda tem coragem de se expor?